No dia em que comemora 64 anos e quando já falta muito pouco para se anunciar o seu final de ciclo como treinador do FC Porto, impõe-se (mais) um agradecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo destes 4 anos... de sucesso!
Chegou ao Porto, numa altura conturbada depois da saída repentina de Adrianse, dias antes do primeiro jogo oficial da época da época 2006/2007. Veio sem curriculum mas com alguns créditos devido ao bom trabalho que havia realizado, essencialmente, no Braga, no entanto trazia com ele um rótulo avermelhado que deixou muitos portistas de pé atrás...
Com o passar do tempo, percebeu o Porto (que conhecia por fora há muitos anos), abraçou a nossa causa e defendeu esta "dama" como se fosse a sua de sempre. Nisso ninguém lhe pode apontar o dedo, pois muitas vezes foi ele sozinho a dar o corpo às balas e a defender o Porto como ninguém! Deu sempre a cara, inclusive quando as coisas correram mal e deu sempre o máximo de si em favor do Porto.
Teve a difícil tarefa de pegar numa equipa já feita, habituada um esquema táctico diferente do habitual em Portugal e teve, todos os anos, que ultrapassar saídas de jogadores importantes, vendo-se obrigado a reconstruir equipas ano após ano. Embora sempre amarrado ao mesmo sistema táctico, teve sempre êxito nessa difícil tarefa, exceptuando este ano porque se viu privado da sua peça mais importante ao logo dos anos: Lucho Gonzalez.
Quanto à estatística, sairá do FC Porto com 6 títulos ganhos em 4 anos. Este feito que para nós é normal, para outros seria um feito histórico. Foi bom, mas também achamos pouco, porque não esquecemos que perdeu 12 títulos… o adepto Portista quer sempre mais e mais, pois felizmente está mal habituado.
Em 188 jogos ao serviço do Porto venceu 126, mas recordo o medo com que enfrentou os jogos grandes desde que chegou ao clube e os resultados ficaram à vista: em 41 jogos considerados grandes, venceu 11, empatou 12 e perdeu 18. Para um clube com a grandeza do Porto é um saldo extremamente negativo e muitas dessas derrotas custaram-nos troféus. Em muitas dessas derrotas houve erros do Professor, desde a disposição da equipa em campo até à escolha de jogadores. Várias vezes, também depois dos jogos a análise não era a melhor e via coisas onde mais ninguém tinha visto. Algumas destas derrotas foram as maiores humilhações dos últimos anos, mas que fique claro que não recai apenas sobre Jesualdo a culpa de tudo isto.
Foi, por vezes, evidente a falta de pulso e a falta de capacidade motivacional, mas também temos de reconhecer que, entre outros, valorizou jogadores como Cissohko, Quaresma, Lucho, Lisandro e Falcao.
Ao sair este ano, não será apenas por não ter ganho, pois no ano passado a vencer já ia sair. Sai porque é evidente o desgaste desta relação duradoura com o clube, adeptos e administração. Como defendi na altura, devia ter saído depois da derrota de Alvalade, porque ainda íamos a tempo de fazer melhor e essencialmente preparar a nova época. Ficou até final para sair a vencer. Conseguiu, mas mais uma vez ficou evidente na final da Taça que precisamos de sangue novo.
E pronto, se como prenda de anos se tiver a rescisão de contrato, levará um milhão no bolso o que não se pode considerar nada mau...
Obrigado Professor. Há um lugar para si na história do clube. Só tem motivos para sorrir.
Chegou ao Porto, numa altura conturbada depois da saída repentina de Adrianse, dias antes do primeiro jogo oficial da época da época 2006/2007. Veio sem curriculum mas com alguns créditos devido ao bom trabalho que havia realizado, essencialmente, no Braga, no entanto trazia com ele um rótulo avermelhado que deixou muitos portistas de pé atrás...
Com o passar do tempo, percebeu o Porto (que conhecia por fora há muitos anos), abraçou a nossa causa e defendeu esta "dama" como se fosse a sua de sempre. Nisso ninguém lhe pode apontar o dedo, pois muitas vezes foi ele sozinho a dar o corpo às balas e a defender o Porto como ninguém! Deu sempre a cara, inclusive quando as coisas correram mal e deu sempre o máximo de si em favor do Porto.
Teve a difícil tarefa de pegar numa equipa já feita, habituada um esquema táctico diferente do habitual em Portugal e teve, todos os anos, que ultrapassar saídas de jogadores importantes, vendo-se obrigado a reconstruir equipas ano após ano. Embora sempre amarrado ao mesmo sistema táctico, teve sempre êxito nessa difícil tarefa, exceptuando este ano porque se viu privado da sua peça mais importante ao logo dos anos: Lucho Gonzalez.
Quanto à estatística, sairá do FC Porto com 6 títulos ganhos em 4 anos. Este feito que para nós é normal, para outros seria um feito histórico. Foi bom, mas também achamos pouco, porque não esquecemos que perdeu 12 títulos… o adepto Portista quer sempre mais e mais, pois felizmente está mal habituado.
Em 188 jogos ao serviço do Porto venceu 126, mas recordo o medo com que enfrentou os jogos grandes desde que chegou ao clube e os resultados ficaram à vista: em 41 jogos considerados grandes, venceu 11, empatou 12 e perdeu 18. Para um clube com a grandeza do Porto é um saldo extremamente negativo e muitas dessas derrotas custaram-nos troféus. Em muitas dessas derrotas houve erros do Professor, desde a disposição da equipa em campo até à escolha de jogadores. Várias vezes, também depois dos jogos a análise não era a melhor e via coisas onde mais ninguém tinha visto. Algumas destas derrotas foram as maiores humilhações dos últimos anos, mas que fique claro que não recai apenas sobre Jesualdo a culpa de tudo isto.
Foi, por vezes, evidente a falta de pulso e a falta de capacidade motivacional, mas também temos de reconhecer que, entre outros, valorizou jogadores como Cissohko, Quaresma, Lucho, Lisandro e Falcao.
Ao sair este ano, não será apenas por não ter ganho, pois no ano passado a vencer já ia sair. Sai porque é evidente o desgaste desta relação duradoura com o clube, adeptos e administração. Como defendi na altura, devia ter saído depois da derrota de Alvalade, porque ainda íamos a tempo de fazer melhor e essencialmente preparar a nova época. Ficou até final para sair a vencer. Conseguiu, mas mais uma vez ficou evidente na final da Taça que precisamos de sangue novo.
E pronto, se como prenda de anos se tiver a rescisão de contrato, levará um milhão no bolso o que não se pode considerar nada mau...
Obrigado Professor. Há um lugar para si na história do clube. Só tem motivos para sorrir.
tenho a certeza que os portistas ainda se vão arrepender.
ResponderEliminaro prof. jesualdo é um excelente treinador, valorizou muito os jogadores e ganhou quase todos os titulos relevantes que poderia ganhar (realisticamente o porto nunca conseguiria ganhar a champions, e as taças da liga e as supertaças nao contam [acho eu...], por isso perdeu apenas 1 campeonato e 2 taças de portugal).
acima da tudo o prof. jesualdo, nos 3 primeiros anos, colocou o porto a jogar um futebol dominante, e no 4 ano não o consegui fazer por mérito do benfica e do braga, mas muito por demerito próprio, pois demorou a perceber que o 433 não funcionava com estes jogadores.
como disse no inicio, os portistas vão arrepender-se desta decisão. os treinadores portugueses, tirando alguns casos (jesus, jesualdo, mourinho.. haverá mais??), não são tão bons como se publicita. o domingos é de uma banalidade atróz, o queiróz é um flop (sempre foi) e o villas-boas é uma cópia (em mau) do mourinho. o resto é paisagem...
os treinadores estrangeiros não vêm para cá fazer nada...
posto isto apenas desejo que o prof. jesualdo, visto ser mais que certa a sua saida do porto, assuma o comando da selecção nacional após o mais que previsivel desastre na africa do sul..
cumprimentos,
Zé
Concordo, plenamente consigo Zé, vamos ficar á espera do que nos vai dar o Villas Boas. as criticas que fazem ao professor, há um ditado que diz "só quem vive no convento é que sabe o que vai lá dentro", dar o peito por um clube que o recebe mal, como uma lampião, levou ás costas o apito dourado sozinho, fez 3 equipas, ganhou o que pode e mais do que alguns, que se passeiam como os melhores, é culto, sabe de futebol como poucas pessoas,a UEFA, hoje comentava a saída dele e deu-lhe os maiores elogios, sabe falar, sim ele para quem ao sabe, foi o mentor da metodologia do treino no Curso que hoje se chama Motricidade Humana,no tempo dele ISEF, pois o curso não tinha futebol e foi ele que fez a disposição do curso para o ministério da educação, quando era professor da faculdade e estagiou em vários países para treinador um dele Rússia, Ucrânia, Polónia, etc.., daí vem o nome de Professor,não só por se licenciou e doutorou em metodologia do treino, ele é mesmo professor, não é farçola, como alguns dizem se-lo. Foi professor de grandes nome do futebol. Desejo ve-lo na slecção brevemente. Vou continuar a seguir a tua carreira professor.
ResponderEliminarLaura