segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A tal mística era assim...

Fernando Mendes, antigo lateral esquerdo do Futebol Clube do Porto (1996-1999), este ano, alguns anos depois de terminar a carreira, decidiu escrever um livro, onde entre outros assuntos aborda a sua passagem pelo nosso clube.
Recordo a sua raça em campo, que hoje em dia pouco se vê dentro das quatro linhas e louvo-lhe a frontalidade de hoje que é a mesma de quando ainda era jogador.


Apresento dois excertos, do capitulo sete – FC Porto: A descoberta de um clube fantástico, que demonstram o que era o nosso Futebol Clube do Porto para se poder comparar com o que agora não é… Tudo bem que o Porto entretanto cresceu e é hoje um clube bem maior e não precisa tanto de recorrer a extremos, no entanto um pouquinho apenas daquela mística à antiga faz hoje em dia muita falta!! Senão leia-se:

“No jogo da segunda ronda da fase de grupos, o Milan foi as Antas a necessitar de uma vitória, mas o jogo terminou 1-1 e eles ficaram numa posição muito fragilizada. No final do encontro, George Weah ainda tinha a memória fresca e a mão engessada por causa do incidente com Jorge Costa. Já nos balneários, resolveu retribuir a gentileza de uma forma violentíssima. Deu uma forte cabeçada no rosto do Jorge Costa e deixou-o lavado em sangue. A partir desse momento, deu-se uma verdadeira batalha campal nos balneários das Antas. Antes disso, ja tinha participado em algumas confusões nos outros clubes onde joguei, mas nunca tinha feito parte de nada deste género. A união e raiva eram tão fortes que até os perseguimos com paus. Aquilo durou tempo suficiente para ver os jogadores do Milan em pânico, aos gritos, a fugirem de nós. Não é nenhum motivo de orgulho, mas foi uma sensação poderosa ver toda a equipa junta a querer defender o seu colega. «Ninguém nos faz mal e fica sem resposta», era esse o lema do Porto.

"Lembro-me da mística que sentíamos durante algumas palestras antes de jogos no Estádio da Luz. Às tantas o treinador dizia: «Estes gajos do Sul querem-nos matar, estão todos contra nós. Temos de ir lá para dentro dar cabo deles.» A lavagem era tão grande que até eu, que nasci em Setúbal, dava por mim a dizer a mesma coisa: «Pois é, estes filhos da puta do Sul vão paga-las.» Quando entrávamos em campo só nos apetecia bater-lhes e derrota-los. A raiva existente num jogo entre Porto e Benfica não tem comparação com a que se vive num jogo entre Benfica e Sporting. Há um ódio de morte antes, durante e depois daquele jogo. Era fantástico poder estar nesses duelos, tanto de um lado como do outro, embora tenha sentido mais no Porto por poder ser titular.
Apesar de ser Sportinguista, digo, sem qualquer problema, que o Porto ocupa um lugar especial no meu coração. E sei que esse amor e retribuído. Na época seguinte a minha saída, regressei aquele estádio (novamente com a camisola do Belenenses). A poucos minutos do fim saí do banco de suplentes para substituir um colega. Jorge Costa, então capitão do Porto, foi receber-me à linha enquanto todo o estádio estava de pé a aplaudir-me. São momentos como este que marcam a vida de um futebolista."


E era assim o FC Porto... E assim era Fernando Mendes... a provar que não é preciso ser portista desde pequenino para encarnar o espírito do Dragão, o que é preciso é que haja lá dentro, no clube, quem incuta esse espírito...


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Rui Moreira cita SUPER PORTO




Como é habitual, às terças-feiras à noite, costumo ver o Trio d'Ataque na RTPN. Foi com surpresa que no último programa, exibido em 22-12-2009, vi Rui Moreira a referir-se ao meu Blog!

Espantado não só por Rui Moreira ler o Blog, mas também pela referência que fez. Podia nem sequer ter dito onde tinha visto tal facto, mas como o fez, agradeço-lhe desde já e espero que continue a ler o que por aqui vou escrevendo.

É com orgulho que constato que alguém cuja opinião tem um certo peso no panorama desportivo nacional, bem como noutros quadrantes, sustentou a sua argumentação com factos por mim recolhidos. Pena tais factos não serem motivo de regozijo.

Embora nem sempre concordando com a sua opinião, penso que actualmente é a melhor "voz do FCPorto" na televisão, bem como na imprensa escrita.
Espanta-me é que por exemplo, na sequência do nosso último jogo, ninguém do Futebol Clube do Porto tenha vindo falar do que se passou, fazendo assim também parte do branqueamento nacional! Nem o anónimo do Labaredas se pronunciou...
Foi, mais uma vez, Rui Moreira a ter que dizer que sofremos um golo irregular, a alertar para entradas perigosas dos jogadores adversários bem como a fazer referência ao penalti sobre o Hulk que ficou por assinalar.

Também pela defesa que vai fazendo do nosso FC Porto, o meu obrigado.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Professor e os jogos grandes.

Para ver a imagem maior clicar aqui.

São apenas números, mas são números muitos maus. Desde que Jesualdo está no Porto, em jogos considerados grandes, contabilizando apenas os jogos com sporting e benfica a nível interno e jogos da Champions com os cabeças de série do grupo e jogos dos oitavos em diante, foram 35 jogos dos quais apenas ganhou 8, empatou 12 e perdeu 15!!

No que se refere a campeonatos, o Professor tem-se safado, até porque foi sempre campeão. Mas isso tem acontecido porque os campeonatos não se decidem com os tais adversários directos... mas sim nos jogos com os pequenos. Mas ainda por cá, como nos lembramos, já perdemos 3 troféus para o sporting, que também já nos eliminou da Taça da Liga...

Na Champions, temos apenas uma vitória nas fases de grupos contra os cabeças de série... aconteceu naquele jogo em que o Arsenal apresentou meia equipa composta por miúdos. A outra vitória foi já nos oitavos de final, com o Shalke04, de nada nos valeu, pois nem no prolongamento nem nos penaltis os conseguimos bater...

Registo ainda para um facto: das poucas vezes que ganhamos foi quase sempre pela margem mínima, mas no que toca a derrotas, por 3 ocasiões foram humilhantes, pois o Porto não é equipa que possa levar 4 de ninguém!

Se este ano juntarmos o Braga ao leque dos jogos grandes, uma vez que anda na frente, então podemos somar mais uma derrota!
Em muitas destas derrotas há um factor comum: as invenções do professor e o medo. Outro factor é Guarin... Titular com Chelsea, Braga, Marítimo e benfica... resultado? 4 derrotas! A culpa não é dele, é de quem inventa.
E custa tanto vê-lo sempre sentadinho no banco sem agir, tal como no último jogo! Nós irados na bancada a pedir atitude, mas a nós ninguém nos ouve. O único que se podia fazer ouvir, permaneceu sentadinho na toca... talvez porque também não saiba o que fazer ou dizer. Mas foi penoso ver a chamada área-técnica sempre vazia!!

Por isto tudo Professor, espero que este ano volte a ser campeão, uma vez que ainda há muitos jogos (com pequeninos) pela frente. Mas no final, dou-lhe o meu sentido obrigado e um até uma próxima... já como adversário.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Perdemos só uma Batalha, mas a Guerra não!

Era aquele jogo que não podíamos perder. Não podia haver árbitro nem relvado que nos parasse. Se tivesse que ser jogado em cimento em vez daquele lamaçal, também seria para ganhar! Não que decidisse alguma coisa, mas apenas porque perder para aqueles é dar-lhes uma alegria imensa que nenhum portista gosta de lhes dar! Se é ali que a vitória sabe melhor, também é ali que a derrota nos custa mais a engolir. Se perder nunca é bom, ali é indescritivelmente mau. Mas perdemos, e não gostamos! Não tanto pela derrota em si, mas pela falta de garra, falta de atitude, falta de futebol. Se cada um dos jogadores passasse o que os adeptos passaram para ir assistir ao jogo, talvez tivessem outra atitude... mais raça! Vontade indescritível de vencer! Nós não vamos de autocarro até dentro do estádio... vamos a pé, à chuva e ao frio. Esperamos horas para entrar e horas para sair, chegamos a casa tarde e no dia seguinte não estamos de férias natalícias...

Quanto ao jogo, o Porto apresentou-se com onze jogadores, mas nem todos jogaram... Duas surpresas/invenções do Professor, ao deixar Belluschi e Varela no banco e apostar em Guarin e Hulk. A entrada em jogo até foi animadora, a dar entender que iríamos ter Porto, mas foi só fogo de vista... nem 5 minutos e o Porto desapareceu. Deixamos o adversário jogar, sem pressionar e a correr menos do que eles. Voltamos a não conseguir sequer trocar a bola mais do que 2 ou 3 passes seguidos e os lances individuais foram uma miséria. Remates na primeira parte apenas 2... péssimo! O golo advinhava-se, mas na nossa baliza, apesar de a maioria dos remates irem para fora... lá conseguem chegar ao golo. Irregular, como se pode ver no vídeo em baixo, mas golo. Atabalhoamento na defesa, aliviar para o meio e Helton desprevenido, mais preocupado em dar uma de médico do que em se concentrar no jogo...e estava feito. Os erros pagam-se caro. Havia que reagir e rápido, mas a apatia manteve-se na equipa. Tal como Jesualdo sempre sentadinho no banco, afinal estava tudo bem.

A segunda parte arrancou e esperava-se outra atitude. Guarin ficou no balneário (afinal o que acontece sempre quando está a perder) e entrou Varela. A equipa pareceu melhor, mas a continuar no nível mau... Varela trouxe algo mais mas pouco. Desta segunda parte apenas registo para o pouco que o Porto fez... remate de Álvaro Pereira e outro de Meireles. Muito pouco para quem tinha que vencer e nota ainda para os últimos 10 minutos em que quase não se jogou, faltas sucessivas e jogadores no chão. Era neste período que o Porto devia ir para cima deles que nem cães, mas esse tempo já lá vai...

No meio de tudo isto, apenas me espantou aquela euforia e histeria pela vitória por 1-0 que só tem justificação, certamente, por nos acharem um grande europeu e não é todos os dias que se consegue ganhar, tanto mais que a última vitória já tinha sido há 5 anos...


+
Fernando: dos mais atinados no meio campo. Um bombeiro sozinho não chega para acudir a todos os fogos.
Varela: não se compreende como o actual melhor jogador do Porto fica no banco. Foi dos poucos capazes de levar a equipa para a frente.


-
Hulk: voltou a ser incrivelmente mau. O pior jogo ao serviço do Porto. Sempre inconsequente nas jogadas e disparatado no remate.
Jesualdo: voltou a mostrar que não é treinador para jogos grandes. Raramente os ganha, mostra medo colocando em campo Guarins e por vezes Tomas Costas em detrimento de criativos. O resultado é sempre o mesmo, quando está a perder tira-os e acaba por nunca conseguir virar as coisas. Sempre, mas SEMPRE sentado no banco, sem atitude como a equipa...


Perdemos apenas um jogo (que para nós é sempre mais do que isso) e só estamos a 4 pontos nesta "guerra" que é o campeonato. Há muito por jogar e um PENTA para ganhar. Juntos chegaremos lá. Com muito crer e raça tudo será mais fácil.
Força Porto!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Senhor Lucílio Baptista (SLB)

Que rica prenda... O Natal ainda não chegou e os benfiquistas já estão a ser presenteados. Mas que boa decisão esta nomeação do Senhor Lucílio Baptista (SLB). Muito bem... Assim de repente, lembro-me que o único troféu conquistado nos últimos anos por um tal de glorioso(?!) foi precisamente uma tal de Taça da Liga oferecida sabem por quem? Nem mais...

Mais recente ainda, já este ano, no único jogo do benfica arbitrado por este senhor, contra a Naval, ganharam no último minuto com um golo a surgir de uma falta que ninguém viu, só mesmo quem? Nem mais...

Puxando um pouquinho o tempo atrás, ainda na altura do Sr. José Mourinho no FC Porto, num jogo em alvalade foram-nos negados 4(!!), sim 4 penaltis por um senhor árbitro. Adivinhem lá quem foi? Nem mais... Uma nota para animar: nesse jogo, mesmo com tais adversidades, nós GANHAMOS! Só espero que a historia se repita...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Invasão dos ULTRAS do Campeão!

Está aí à porta mais um clássico benfica-Porto e a ansiedade já se apodera de muitos portistas, que tal como eu, queriam que domingo fosse já amanha! Num campeonato que até está a dar mais luta do que os de anos anteriores, parecia que já tinham encontrado o campeão, o apregoado "super-benfica, papão, goleador, triturador, etc" que, note-se, nunca conseguiu sequer atingir o primeiro lugar da tabela!! Na euforia reinante, esqueceram-se sempre que é o Braga que anda por lá... No entanto, também será por pouco tempo, dado que estamos apenas a um ponto e agora que o Porto acordou, chegou a hora de medir forças no jogo do ano!

Sim "jogo do ano", porque não há melhor jogo em Portugal do que um benfica-Porto, na Luz! Não me venham dizer que um benfica-sporting ou sporting-benfica é que são jogos de rivalidade imensa por que é mentira! Ah e tal... são os grandes da capital? Grandes em quê? O sporting, por exemplo, nos últimos 30 anos ganhou uns 4 campeonatos!! O benfica ainda assim consegue ser maiorzinho, quanto mais não seja em número de adeptos. Rio-me quando ouço falar dos "3 grandes" de Portugal! Um, já nem sequer é grande - o sporting. Depois o outro até aceito, ainda que seja apenas pelos adeptos e pela imprensa do país. Mas o Porto também não é grande, é GIGANTE! Há uma diferença abismal para os outros, seja em títulos totais (grande parte deles já a cores e não a preto e branco), seja em constantes presenças na Champions, seja em campeonatos consecutivos, seja em organização, seja em receitas de vendas de jogadores, seja no que for!

Apenas no número de adeptos não temos milhões, mas gosto mais assim. Poucos, mas bons. Pertencer à minoria e ganhar aos milhões, acreditem que não há melhor sabor. Daí que o melhor jogo do ano, como disse, seja o jogo da Luz. Sempre! Referindo-me a jogos do Campeonato, obviamente. É ali que a vitória tem um gosto especial, de preferência com o estádio cheio...

Voltando à dimensão do clássico, que apelido de "o maior de Portugal", veja-se por exemplo a quantidade de adeptos que o Porto leva a estes jogos. Este ano, serão mais 3700, quase todos eles a deslocarem-se da Cidade Invicta. Reparo que em jogos de vizinhos da 2ª circular, apesar da curta distância que os separa, nunca levam tantos adeptos, já para não falar quando se deslocam ao Porto, que são sempre meia dúzia. Ou têm medo ou não acreditam no seu clube...

Será mais uma grande invasão dos Ultras do Campeão! Para quem nunca foi e não receia confusões, esta é uma experiência única que vale mesmo a pena. Desde a viagem, passando pela concentração do pessoal até ao momento mais desejado - o cortejo pelas ruas da capital a entoar bem alto o nome do nosso PORTO, o Campeão! Pior só mesmo a entrada no estádio, onde todos são revistados como criminosos e onde a confusão e ânsia de entrar no estádio aumentam!

Já lá dentro é dar continuidade à festa e incentivar a nossa equipa desde o aquecimento ate ao final, sem esquecer nunca as picardias com os "nossos amigos".
O final, costuma ser também festivo e é altura de entoar bem alto os já famosos:
"Outra vez, outra vez... O campeonato com o c*#$#"$& outra vez!" e
"Não ganham nada, é só choradeira, chora o Rui Costa, chora o Jesus e chora o Vieira";

Por norma, para nos provocarem, colocam nas colunas do estádio o "Cheira bem, cheira a Lisboa", mas como é sabido já mudamos a letra e cantamos alto e bom som, com todo gosto... Mas o que gostamos mesmo, é de cantar o "SLB"!!
Coincidência é o facto de mais uma vez o jogo ser na quadra natalícia, por isso a festa costuma encerrar com o também já típico: "A todos um bom Natal!" e assim regressarmos à Invicta em clima de festa natalícia.


Ohh Campeão, estás no meu coração!
Sigo-te até à morte, tu és a minha Paixão!



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Está quase tudo normal...

Dia de receber o último classificado no Dragão, o Vitória de Setúbal, talvez a equipa mais fraca da Liga. Depois dos empates de benfica e Braga, era obrigatório reduzirmos distâncias, sendo este o melhor adversário para podermos ganhar tranquilamente e depois descansar antes da importante jornada que se avizinha.

O onze apresentava novidades, pois o Professor decidiu dar descanso a alguns titulares, como foram os casos de Falcao, Rodriguez e Alvaro Pereira, jogando nos seus lugares Farias, Varela e Sapunaru.

O Porto entrou com atitud
e, e assim torna-se sempre tudo mais fácil. Fomos cedo em busca do golo que só não apareceu antes por mérito do guarda-redes adversário ou pelo azar de a bola bater na barra! (Devemos ser a equipa com mais pontaria aos ferros!) Primeiro foi Belluschi (que fez dos melhores jogos desde que chegou), de livre, depois foi Meireles numa recarga dentro da área a acertar com estrondo na barra. O Setúbal manteve-se sempre fechadinho atrás, mostrando que a única ambição era sair do Dragão com poucos golos no saco... Não estava fácil desmoronar o muro sadino, mas Farias encontrou a solução. Depois de um passe longo de Fucile quase do meio campo, Farias entre os dois centrais dominou no peito, rodou, deixou bater a bola no chão e disparou para o golo! Grande golo a mostrar que temos ponta-de-lança! Estava feito o 1-0, mas o segundo veio logo depois, nem três minutos volvidos, depois de um canto cobrado por Meireles, a defesa alivia a bola para a entrada da área onde está Varela que domina a bola e sem deixar cair remata para o golo! Outro grande golo e dar a tranquilidade esperada. Até ao intervalo foi gerir a justa vantagem, mas curta para o que se tinha feito.

A segunda parte foi jogada apenas porque tinha que ser, pois não passou quase de um "treino" com oportunidades aqui e ali para quebrar a monotonia. Destaque apenas para a grande ovação a Fucile, que bem merece, aquando da sua substituição. Mas o pensamento de todos já estava longe...a 300km! Desde o treinador, passando pelos jogadores até às bancadas onde se ensaiou o apoio para o próximo jogo...


O importante estava feito, pois estamos quase a voltar
à normalidade, entenda-se à liderança do campeonato, pois agora estamos só a um ponto do líder... o Braga!


+
Farias: é um caso que merecia estudo. Um jogador que desde que está no Porto, fez cerca de 65 jogos (25 a titular) e tem cerca de 30 golos! A relação minutos jogados/golos deve fazer dele dos melhores "suplentes" da história do clube! É um jogador a manter no plantel a todo o custo.
Varela: sem duvida o melhor reforço... e de borla! 8 jogos na Liga (6 titular) e tem já 5 golos! Jogador certinho, regular e anti-estrela que ataca com a mesma disponibilidade com que... defende! Muito bem Varela!

-

Hulk:
voltou a não ser incrível e a mostrar que a regularidade ainda não faz parte do seu jogo. Espero que tenha guardado as explosões e os disparos para o próximo jogo, dado que neste jogo não fez uso de nenhum dos seus super-poderes...



A normalidade que se avizinha também é já evidente na imprensa do costume.
Outrora eufóricos com goleadas, agora voltam-se (novamente) para o desvio das atenções, falando de reforços de inverno, potenciais salvadores como novos Jardeis e novos Makeleles!

Compreende-se, pois tal como ao "super papão, arrasador, triturador, invencível, melhor do mundo benfica", também a eles, já não lhes cabe um feijão... Sabem que basta ao Porto passar para a liderança para não mais de lá sair... NORMAL!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Os excessos do artista

Tenho para mim que, essencialmente, há dois tipos de jogadores: os que pensam em linhas rectas, procurando sempre o caminho mais curto entre dois pontos, e os que descobrem atalhos nas curvas mais improváveis. Uma equipa precisa de ambos, do rigor, da fiabilidade e da disciplina táctica de uns e do génio imprevisível dos outros, mas são quase sempre os segundos que nos roubam os pontos de exclamação, nos esgotam os adjectivos, nos fazem questionar as leis da física e os limites da imaginação. Hulk pertence ao segundo grupo. Imagina uma obra de arte em cada lance e raramente resiste a tentar desenhá-la no relvado. Quando falha, e falha algumas vezes, dizem que tem mau génio, que não aprende, que não devia inventar. Dizem-no, porque olham para um jogo de futebol e vêem um impresso das finanças para ser preenchido quadrícula a quadrícula, de forma mecânica e infalível. Hulk vê um quadro de Van Gogh. Seria um pecado que não o tentasse desenhar.

Jorge Maia, in O Jogo


Entretanto, o Sr. Paulo Futre resolveu falar e dizer mais uma das suas inteligências. O Hulk não é para um clube maior, como Futre afirma, o Hulk é para o Porto, o clube GRANDE que o descobriu no Japão! Se um dia tiver que sair, espero que saia efectivamente para um clube maior... há poucos, existirão talvez uns 5, dos quais o Atlético de Paulo Futre não faz parte. Espero que Hulk, no dia que tiver que sair, que não será certamente no dia que Paulo Futre achar, que mude para melhor e não para clubes de meio da tabela, para um dia mais tarde não se arrepender...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Só para Campeões!

Um jogo a feijões que valia milhões. Com tudo decidido desde 4ª jornada (coisa rara na Champions), esta última jornada era para o Porto um jogo, não só para cumprir calendário mas também para amealhar milhões e, mais importante, dar sequência às recentes boas exibições. Ganhar era a esperança e motivação de qualquer portista, aliás como é sempre em qualquer campo deste mundo. Mas chegar a Madrid e ganhar por 3-0, não estava de certo nos melhores sonhos de ninguém. Certamente, nem no pensamento dos jogadores e muito menos do professor. Mas goleamos e muito bem, com muita classe, confiança e garra! E se fosse uma mão cheia, não espantava ninguém...

Para o onze, uma surpresa: Valeri no lugar do Belluschi. Maicon já era previsível no lugar do engripado Rolando. Hulk voltou a ser titular, deixando Varela no banco.
O jogo não podia começar melhor. 2º minuto, canto. Meireles encarrega-se de o marcar e lá no 3º andar aparece Bruno Alves com uma bela cabeçada a facturar! Excelente. Pouco depois é Valeri que quase marca o segundo, opondo-se bem o guarda-redes adversário a um remate que ia lá para dentro! Que grande entrada do Porto, como há muito não se via na Champions. Com muita confiança e com futebol. Por isso, aos 15 minutos o 0-2 por Falcao numa recarga a remate de Fucile! Estava feito e a tranquilidade já ninguém nos tirava. As tentativas dos espanhóis esbarraram sempre no concentrado Helton, que a jogar assim não perderá nunca o lugar. O terceiro podia ter chegado antes do intervalo, não fosse Falcao falhar uma cabeçada após boa assistência de Hulk. Mas não pode marcar todas...

A segunda parte chegou e o Porto entrou para controlar a vantagem, procurando o golo menos vezes, mas demonstrando sempre a mesma atitude. Foi altura para retirar o já perdido em campo Valeri e meter Guarin; Varela rendeu Falcao e pode assim juntar-se também à festa e Maicon teve o azar de se lesionar e ter de dar o lugar a Sapunaru que, a central, não mostrou fragilidades e portou-se bem. Era tempo de trocar a bola ao ritmos dos "olés" vindos da bancada que fica sempre bem no país das touradas... Até que, a 15 minutos do final, a estocada final foi dada por Hulk - o reaparecido. Um golo incrível… à Hulk! Já a ponta de lança, recebeu a bola, virou-se para a baliza, com uma finta de corpo tira dois do caminho e sobre a linha da área disparou, com estrondo, para o terceiro! Que golo!
Altura para os espanhóis começarem a sair do estádio rendidos à humilhação... Grande PORTO!


+
Bruno Alves: já é uma rotina ser dos melhores. Deixa tudo em campo e lidera uma equipa que se mostra unida! Que golão logo a abrir. Tão grande como a impulsão. Já são várias as ocasiões que o vemos voar sobre...os centrais!
Fucile: nasceu no Uruguai ou nasceu na Sé do Porto?! Que raça! Está de volta o grande Fucile. Tanta garra, tanta entrega, seja a defender ou a atacar! Um jogão!

-
Valeri: não se pode dizer que tenha aproveitado a oportunidade. Andou sempre um pouco discreto, com um passe ou outro de qualidade, mas parece um pouco sem vida. Os argentinos não costumam ser assim...


Grande vitória sobre os convencidos espanhóis, dedicada em especial aos nossos "queridos amigos" Simão e Assunção que há muito mereciam semelhante humilhação! Pena o APOEL não ter feito a surpresa completa...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Oh Campeão, estás no meu coração!

Era imprescindível vencer em Guimarães para continuar na luta pelo primeiro lugar. E agora já só estamos a 3 pontos do líder... Está quase! O jogo era à partida bem complicado, pois o Guimarães vinha mostrando bom futebol e estava moralizado por 4 vitórias seguidas. O Porto tinha de dar seguimento ao que apresentara com o Rio Ave. Com futebol, era certo e sabido que vencíamos. Não só vencemos, mas também convencemos!

O onze apresentava novidades! Helton e Rolando novamente titulares e a maior surpresa foi Hulk ficar de novo no banco e Varela alinhar no seu lugar. E que bem que ele jogou...
O jogo começou com um grande Porto! Como há muito não se via, com personalidade, sem medo e assumindo o jogo procurando rapidamente o golo, que podia ter surgido mais cedo. Não fosse a barra a evitar o primeiro de Falcao (que anda com azar). Depois foi Nilson a evitar o inaugurar do marcar, mas pouco depois nada pode fazer no remate de Varela que surgiu pela direita, sem medo encarou o defesa e disparou para o golo! Eficaz! Não descansou o Porto e foi à procura do segundo, e dos que mais viessem. Mas só deu para marcar mais um, Falcao na cara de Nilson a desviar para golo depois de um livre de Meireles.
E quando uma primeira parte podia acabar muito bem em goleada para o Porto, Belluschi resolve perder uma bola (uma de muitas perdidas e mal passadas) e obrigou Fernando a fazer falta, da qual resultaria o golo do Guimarães. Livre bem marcado mas Helton não pode ficar a olhar para ela...

A segunda parte começou muito mal para o Porto, uns 15 minutos de sufoco, pode dizer-se. Uma vez que o Vitória só não chegou ao empate por mero acaso. Jesualdo viu que aquilo não estava bem e desta vez, inesperadamente mexeu na equipa, lançando Hulk e Guarin para os lugares de Belluschi e Falcao. Equilibrou a partida e pouco depois chega ao golo da tranquilidade. Mais um livre de Meireles e Bruno Alves ao segundo poste a rematar lá para dentro. Estava feito. Depois era só aguardar pelo avolumar do resultado porque o Porto não relaxou e chegou ainda ao 1-4 num remate cheio de força de Rodriguez (seja bem aparecido...).

Boa vitória, num campo difícil e ao contrário do que Jesualdo disse, o resultado não foi nada exagerado, pecou foi por defeito! Um 2-6 seria talvez o resultado mais justo! Temos Porto, numa altura da época em que bem é preciso, para assim no final do ano estarmos em primeiro! Normal...


+
Bruno Alves: igual a si mesmo, sempre, mas sempre impecável. Lá atrás é um senhor e na frente também marca! Transporta alma dos adeptos para o campo! Foi ele que no final quando os colegas agradeciam do meio campo, os levou lá para darem as camisolas! É isto um capitão!
Varela: um dos três lugares da frente tem de ser dele! Tem raça, não vira a cara a luta, joga, marca e faz jogar... o que mais pedir ao reforço mais barato?!

-
Belluschi: apesar de alguns bons passes, como no do 1º golo, ainda nao dura um jogo inteiro e perde bolas como ninguém... arrisca passes impossíveis que na maioria das vezes têm o adversário como destino.
Helton: Num jogo com pouco trabalho, fica na retina o tentar desviar a bola com o olhar aquando do 1-2...


Nota para a grande presença dos adeptos do Porto e para o novo cântico que nos vai levar ao Penta:

Oh Campeão,
Tu estás no meu coração
Sigo-te até à morte
Tu és a minha paixão!

Porto Allez
Força Porto allez allez
Força Porto allez allez ooh
Tu és a minha paixão!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Finalmente futebol!

Depois de vários jogos em que se viu tudo menos futebol, o Porto apresentou-se frente ao Rio Ave com vontade, crer e ambição de ganhar o jogo. Quando há atitude tudo se torna mais fácil e o futebol aparece. Foi, talvez, a melhor exibição de toda a época.

Mais uma surpresa no 11, desta feita foi Rolando a ficar de fora e Maicon a estrear-se como titular. Não foi a melhor estreia, mas entende-se o nervosismo dado que a responsabilidade é grande. Beto continua na baliza, Fucile regressou à direita da defesa (para ficar, espera-se) e na frente foi a vez de Varela ir para o banco, fazendo Hulk regressar e bem ao 11.

Boa entrada do Porto, com a bola a circular bem entre todos, não se notando o "habitual" futebol aos repelões! Oportunidades de sobra para na primeira parte golearmos sem espantar muita gente. Mas somando a ineficácia na hora do remate à grande exibição de Carlos, não foi possível marcar mais do que um golo, por Hulk, numa jogada com alguma sorte e vários ressaltos, a bola lá entrou, finalmente. Mas os festejos não duraram muito, pois logo de seguida surge o empate, numa desatenção da defesa que não pode acontecer.

Na segunda parte as oportunidades sucediam-se, apesar da boa réplica do Rio Ave que veio jogar ao Dragão de forma destemida, mas o seu guarda-redes continuava a ser a maior estrela! Surge a grande penalidade (a única assinalada das 3 que existiram) e quando se esperava que fosse Hulk a converter (como fizera na última com Falcao em campo) é Falcao que se encarrega de...falhar. Aí vão duas… Não pode acontecer. Mas era daqueles jogos em que se sentia que o Porto ia vencer, apesar de os minutos estarem a passar... É já depois dos 80min, já com Farias e Varela em campo que se chega ao golo da vitória com os dois como protagonistas. Depois de um canto, Farias remata de cabeça e antes de a bola chegar à baliza, Varela, oportuno, desvia-a pelo meio das pernas do guarda-redes e selava a vitória merecida, mas difícil de arrancar. Tanto mais que mesmo depois do 2-1 o Rio Ave quase chegava ao empate...

Boa vitória, boa exibição. Há muito ainda por onde melhorar e só dessa maneira alcançaremos o 1º lugar que nesta altura está a 5 pontos. O nosso objectivo. Depois de lá estar, seguramente é para ficar.


+
Bruno Alves: mais um jogo, mais uma exibição de luxo. Que atleta, que jogador! É a alma do Porto e dos poucos que sentem a camisola é, sem dúvida, o que mais sente. Ele que parece que irá renovar o contrato com o Porto e tornar-se no bem mais pago. Merece e muito tem feito por isso!
Hulk: voltou e mostrou que o banco lhe fez bem. Não complicou, marcou e por diversas vezes ameaçou bisar.

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Falcao: apesar do bom jogo, a um ponta de lança pedem-se golos. Não pode falhar tantas oportunidades como vem falhando e muito menos não pode falhar penaltis. Esta época já vai no segundo falhado...
Alvaro Pereira: a defender razoável e a atacar sobe bem, mas demora a decidir na hora de cruzar. Falha inúmeros passes e por jogo conto-lhe umas 3 ou 4 bolas colocadas directamente fora do campo… junto à linha. Parecia que iria fazer esquecer o Cissokho, mas ainda não...


Nota para o 23º aniversário dos SuperDragões, também lembrado pelo nosso capitão que, antes do jogo, fez questão de se deslocar à bancada sul e oferecer uma camisola (com o número 23) e um abraço de parabéns ao líder da claque.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Equilíbrio, desequilibrado...

No jogo que podia dar o primeiro lugar do grupo, o Porto falhou. Foi a primeira derrota com consequências directas num objectivo, pois agora nada mais nos resta do que o segundo lugar e defrontar nos oitavos-de-final um dos primeiros... Se calhar até não é mau de todo, pois vejo como acessíveis o Bordéus, o Sevilha, o Arsenal e Fiorentina/Lyon. A jogar como estamos, impossíveis só mesmo Barcelona, ManUtd e RealMadrid... mas até Fevereiro ainda falta muito...

Quanto ao jogo, duas novidades. Beto na baliza e Hulk no banco... surpresa esta última, mas ele já merecia para ver que tem ainda um longo caminho a percorrer para se tornar na estrela que todos esperamos. No meio campo voltou Belluschi, que apesar de ter parecido mais solto, desapareceu na segunda parte e passes errados foram uma constante.

O Chelsea apresentou-se a jogar calminho, sem pressas e pautou o ritmo do jogo. Acelarando e controlando quando queria. O empate servia-lhes, por isso estavam tranquilos e tratavam a bola melhor que nós... O Porto tinha de fazer mais do que a miserável exibição da Madeira, e fez! Mau era... Na primeira parte fez por chegar ao golo, especialmente por Belluschi que de longe bem tentou, mas viu a barra negar-lhe o golo. Noutra ocasião depois de mais um remate de longe, foi Falcao que na cara de Cech não conseguiu marcar... O Chelsea na primeira parte, só por uma vez incomodou Beto a sério.

Depois de um primeiro tempo aceitável, esperava-se o mesmo na segunda parte. Mas não, Belluschi desapareceu, Varela também, o jogo foi mais confuso com muitos passes falhados e falta de decisão na hora do remate ou último passe. Foi uma segunda parte sem chama que piorou/acabou no momento do golo do Chelsea...


Perder nunca é bom, em casa ainda pior. Apesar de ter sido contra uma equipa como o do Chelsea (equipa de milhões, consolidada há vários anos e 1ª de Inglaterra), não devia sequer parecer normal como agora parece que é... O Porto habituo-nos a bater-se com equipas deste nível e a ganhar-lhes ou pelo menos não perder, mas esses tempos parece que já lá vão...e aceita-se, mas não se devia aceitar. Temos obrigação de fazer mais, de jogar melhor, de lutar como antes. Somos o Porto!


+
Bruno Alves: impecável como sempre! O agora, classificado por alguns de "caceteiro", "violento", "assassino" se um dia sair verá reconhecido, por esses mesmos, o seu valor e passará a ser dos melhores centrais do mundo. Mas para nós já o é! Que fique cá e por muitos anos!
Raul Meireles: parece que a selecção lhe fez bem. Esteve mais disponível e concentrado para o jogo...

-
Rolando: Estava a fazer um bom jogo, até lhe parar o relógio novamente... viu o cruzamento passar por si sem sequer tentar fazer-se à bola. Se calhar precisa de ir para o banco como o Hulk foi...
Hulk: acabado de entrar, não foi capaz (ou não quis) acompanhar a subida do lateral esquerdo do Chelsea... resultado: golo! Dois em cima de Sapunaru, facilmente desequilibraram o equilíbrio até então.


Nota do Jogo:

Deco voltou a casa e foi recebido como filho pródigo. O Dragão prestou-lhe homenagem e o Mágico não festejou o golo do Chelsea

A vénia que faltava

Deco regressou ao Dragão. Mais de cinco anos depois, o Mágico reencontrou o FC Porto pela primeira vez. Foi ele a dar o pontapé de saída, mas foram precisos 15 minutos para se perceber que ainda ninguém se esqueceu dele. Canto para o Chelsea, Deco para bater, e adeptos de pé no primeiro grande aplauso da noite. Minutos mais tarde, a confirmação de um amor que não tem fim: "Nos nossos corações... eternamente dragões", lia-se numa mensagem extensível a Ricardo Carvalho. Pelo meio, golo do Chelsea; Deco não festejou, nem um braço no ar. Mas o melhor mesmo ficou reservado para o minuto 76: estádio de pé a ovacionar o Mágico no momento da sua saída. Arrepiante. Deco agradeceu. Para sempre.

sábado, 21 de novembro de 2009

Obrigado Campeões. Bem-vindos a casa.

Apesar de já estar tudo quase decidido, este Porto-Chelsea é (mais) um jogo para ganhar, de modo a assegurarmos o primeiro lugar do grupo. Talvez mais interessante que o próprio jogo, é o facto de, no outro lado, estarem dois dragões que regressam a casa e merecem o nosso aplauso. Um aplauso imenso de todo o estádio e de pé! Por ser um jogo, meio a feijões, certamente haverá oportunidade para isso. Assim espero.

Será a nossa oportunidade única de agradecer o que Deco e Ricardo Carvalho tudo o que fizeram por Nós! Jogadores, ainda hoje, excepcionais que nunca esconderam o que sentem pelo Porto. Connosco ganharam TUDO... Campeonatos, Taças de Portugal, Supertaças, bem como a inesquecível Taça Uefa e a Champions! Para eles, o meu obrigado hoje e o meu aplauso Quarta-feira.

Será especial relembrar o cântico:
"É o número 10,
Finta com os dois pés,
É melhor que o Pelé,
É o Deco allez allez"

Obrigado Campeões, bem-vindos a casa.
Que o Estádio se levante para a merecida ovação.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Levantar a cabeça!

Não penses que com este desânimo colectivo, deixamos de gostar de ti e dos teus esquemas nem sempre óbvios ou eficazes, que abandonamos as nossas firmes convicções e que o nosso coração já não pulsa com a batida sincopada do dragão que sente, que chora, que ri, que exalta este nome místico e simbólico, tão ligado à invicta e férrea vontade de vencer, resistir, lutar contra tudo e contra todos, no limiar das hipóteses. Bem pelo contrário: os nossos berros de desânimo servem para alastrar e magnificar a tua voz, Dragão, que andas apenas pálido e sem a vontade esmagadora de tudo queimar, à tua passagem, como nos tens habituado.

Não fiqueis de cabeça baixa da próxima vez que entrarem em campo, pois o estandarte azul e branco necessita rapidamente de ser erguido acima dos que nos atacam sempre com apitos dourados e mancham a nossa competência futebolística e vitórias históricas com rumores e muletas mediáticas que lhes dão carta branca e escaparate diário nas montras das lojas e quiosques.
Essas frentes de exposição pública e jornalistas ou jornaleiros cuja voz interior apaga a sua imparcialidade, faz também parte do séquito que é contra nós mas nos alimenta a chama do descontentamento e que a ti passamos, desta forma, para que possas ouvir bem alto, bem perto, o que te queremos dizer ...

Por isso, Jesualdo, não te deixes abater porque a nossa batalha este ano é realmente a de campeão. Tem sido fácil, admito, para ti e para o nosso grandioso clube vencer até por demérito usual dos nossos adversários, nos últimos e repetidos anos. Reflexo da nossa condição de grande clube sem hábito de luta esforçada à altura do que queremos para a Europa - convenhamos e é humilde e de bom tom admitir que o futebol nacional tem o FCPorto e mais 2 equipas e meia - temos ganho sem grande alarido e esmagado; temos habituado os Dragões à exigência do bom futebol e dos passes bonitos, com golos ardentes; temos feito da nossa equipa um baluarte europeu e uma referência financeira nos negócios futebolísticos; temos dado alegrias e asas aos sonhos dos dragões e da cidade, temos projectado o nome da nossa cidade além fronteiras, além de todas as expectativas e esforços feitos para nos manterem como equipa do norte, provinciana e tosca, pequenina, fora do braço salazaresco e da capital. Vencemos, ainda assim! Somos quem somos, assim mesmo.

Por isso, escuta, Jesualdo: dá esta carta aos nossos soldados! Este ano, a batalha é forte, com adversários melhores preparados, mais moralizados e mais sólidos.
Daí, berrarmos em alta voz o desconforto que nos vai na alma .... Ganha por todos nós e levanta a chama do dragão ....

António de Castro


É hora de, mais que nunca, lutarmos até contra nós próprios e apoiar o FC Porto. Até porque tudo isto, não poderá passar de um curto e temporário pesadelo.
Queremos o Penta, vamos ganhar o Penta.
Temos de o ganhar!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A piscina da luz!

Nem só dos mergulhos de Aimar, Di Maria e Saviola vive o estádio da luz. Apesar das habilidades constantes desse trio de artistas, há que referir que nem tudo que lá caí é simulação! Especialmente quando se tratam de lances do adversário do dono da piscina...

Curiosa esta vitória (justa) do benfica frente à Naval. Desta vez nem houve confusão no túnel nem histerias no final... interessante. É fácil verificar-se porquê:

A equipa com razoes de queixa da arbitragem é a Naval.

41': Maxi Pereira derruba Camora na área do Benfica. Havia lugar a grande penalidade?

«O Painel de jurados de O JOGO considera, por maioria, que o árbitro Lucílio Batista "pecou" ao não assinalar falta de Maxi Pereira sobre Camora já perto do intervalo.»
in O JOGO, 10/11/2009


89': A falta que dá origem ao golo do Benfica, sobre Di María, foi bem assinalada?

«Não consigo encontrar qualquer infracção que justificasse o livre. O que se revelou impróprio foi o livre assinalado.»
in O JOGO, 10/11/2009

Na luz, com o resultado em 0-0, ficou um penalti por marcar a favor da Naval, com o consequente amarelo para Maxi Pereira, no caso seria o segundo. Contudo, a bem da "verdade desportiva", este lance, bem como, o do livre inventado que esteve na origem do golo encarnado, não fazem parte das crónicas dos jornais nem dos resumos televisivos do jogo. Compreende-se, convém evitar polémicas desnecessárias que manchem as vitórias do clube do regime.
Mas é também importante referir que, tal como o livre (inventado) que originou o golo, existiram outros tantos... não tantos quantos as simulações, mas muitos e mal assinalados... pelo Senhor Lucílio Baptista!

Depois de, em pelo menos 5 jogos esta época, tanto terem treinado as quedas dentro da área (com sucesso diga-se), agora a piscina alargou e já não é apenas na grande área...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mau, a roçar o miserável...

Quando se pensava que pior era impossível, acontece o que há muito se previa. Perder, na Madeira, com um auto-golo e bater no fundo futebolisticamente falando. Foi miserável esta exibição. Não há outro adjectivo possível para qualificar o que se passou neste jogo, diante de um Marítimo, que tal como o Belenenses, não me admira que para a semana seja goleado num qualquer campo deste País.

É inadmissível que jogadores que ganhem tanto dinheiro apresentem esta falta de motivação, falta de atitude e, também preocupante, falta de jeito para jogar futebol.

A equipa apresentada era a mesma do último jogo. Novamente um meio campo sem criatividade com Fernando, Meireles e Guarin... três jogadores quase iguais que não fazem a diferença em termos ofensivos. No ataque os mesmos, o suposto trio maravilha, que só tem sido ineficaz.

Novamente uma entrada em jogo apática, sem soluções. Os passes consecutivamente falhados denotam a qualidade do futebol portista. Está fraco, os jogadores estão à deriva em campo e parece que cada um joga por si. O resultado é um atabalhoamento de tal ordem que dá pena assistir. Não tenho memória de um futebol tão mastigado e aos repelões, de chuto para frente a ver no que dá. Oportunidades na primeira parte? Zero! Contei um remate (passe) de cabeça do Falcao para o guarda-redes. Claro que o Marítimo aproveitou e criou umas 5 oportunidades de golo claras que não concretizou. Mas tinham Rolando que se encarregou de cortar uma bola aparentemente simples... para dentro da própria baliza. Acontece. Era tempo de reagir, mas tudo continuou igual como se estivesse 0-0. Colocar jogadores a aquecer para não entrarem não se entende. Era preciso mexer na equipa ainda na primeira parte! E não era só uma alteração! Mas não, o Professor esperou pelo intervalo para lançar o seu coelho habitual da cartola...

Quando se esperava outra atitude, vem tudo igual! Inexplicável. Como é possível voltar com a mesma atitude e com o mesmo futebol sem soluções? Parece até que foram à Madeira em passeio! Mariano que entrou ao intervalo, fez o que se esperava, nada. Farias foi mais um lá na frente e Tomas Costa (outra grande opção) entrou para fechar à direita! Para isso deixava-se lá o Sapunaru! O único criativo (ou rotulado de tal) não entrou... Parece que Belluschi já não serve. Só aos 80 minutos, e já com o coração na mão é que nos lançamos para frente a ver no que aquilo dava. E foi neste período que Falcao ainda conseguiu falhar dois golos...

Perdeu-se e bem e até se pode dizer que perder só por 1 golo já não foi mau. O Penta pode ter ficado na Madeira...


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Bruno Alves: o único jogador do plantel com atitude, com raça, com vontade de vencer. É isto um jogador à Porto e é preocupante existir apenas um.

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Jesualdo: se o plantel não tem soluções, a culpa é dele que o escolheu. Não diga que o problema são as lesões pois vai muito mais além disso. Os 11 que jogam não têm atitude ou motivação e o culpado disso é só um. O único que "os trabalha" durante a semana...
Não se percebe como é que estando a jogar miseravelmente e consequentemente a perder, só mexa na equipa no intervalo e lançando, claro está, o Mariano. Então e o Farias?! Qualquer um mais atento sabia que só entraria aos 60. Normal e previsível nas substituições. E como estávamos a ganhar havia que sair o Rodriguez...
Que futebol é este Professor? O Belluschi já não lhe serve? E as bolas paradas, não se treinam? É tudo tão previsível e tão mau!

Equipa: ou melhor, este conjunto de jogadores que não forma uma equipa. Do Helton ao Hulk, só escapou B.Alves na atitude. O nº1 a jogar manco (não se percebe!); na defesa os laterais a abrir espaços atrás, sempre a deixarem cruzar e inoperantes ofensivamente, Rolando a parar-lhe o relógio por completo; meio campo intragável com Meireles uma nódoa a não acertar um passe, Guarin sem sal como sempre e agora até Fernando anda na lua; no ataque Hulk não passou por ninguém e não fez rigorosamente nada, Rodriguez continua gordo e não leva uma bola para a frente, já Falcao continuou a desperdiçar. O mais preocupante nem é tanto a falta de jeito que apresentam porque acredito que não desaprenderam, é sim a falta de atitude, empenho e de garra.


O PORTO NÃO É ISTO e urge reagir rápido. Mas muito rápido. Cinco pontos são recuperáveis mas é preciso outra atitude, é preciso futebol.
Força PORTO!


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A voar para os Oitavos!

Pelo 4º ano consecutivo atingimos os oitavos-de-final da Champions, este ano logo na 4ª jornada. Se ser recordista de presenças nesta competição, a para do Man Utd, é digno de registo, passar à fase seguinte 4 anos seguidos também parece importante e não está ao alcance de todos.

Depois de duas jornadas para a Liga com exibições pouco conseguidas, esperava-se uma atitude diferente. O adversário era igualmente fraco e notou-se mais motivação e vontade de conquistar rápido a bola, mas futebol ainda não é o melhor. Um pouco atabalhoado, sem soluções a viver-se de um ou outro lance individual que acabava em disparate ou em falhanços... incríveis. O meio campo desta vez teve Guarin e ele nota-se em campo, ao contrário do que tem acontecido com Belluschi. Na frente desta feita jogaram de novo Hulk, Falcao e Rodriguez... Já há saudades do Varela que seria, certamente, opção para este ataque.

Na primeira parte o Apoel apenas criou por uma vez perigo, com Helton a opor-se com grande estilo e eficácia. Ficava o aviso ao qual o Porto respondeu com muitos remates, é certo, mas quase todos eles sem a direcção da baliza. Mas o pior foi mesmo o incrível falhanço de Hulk... isolado!

A segunda parte chega e o futebol estava igual, sem chama e sem correr grandes riscos e a falhar as poucas oportunidades criadas. Desta vez o destaque foi para Falcao que na cara do guarda-redes resolveu acertar nele. Altura em que o Professor decide lançar o "salvador" Farias, retirando o apagado e pesado Rodriguez. Foi já com Tomas Costa em campo, no lugar de Guarin, que chegamos ao golo a 6 minutos do final. Farias desta vez não marcou mas assistiu Falcao, que tirou um adversário da frente e rematou com convicção para o golo merecido e mais do que justificado.

Estava feito! Os oitavos já não fugiam. Um jogo em que a vitória parecia certa e que iria surgir a qualquer momento, não pela qualidade do nosso futebol, mas pelas oportunidades desperdiçadas e pela falta de qualidade do adversário.


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Falcao: voltou a decidir, resolvendo um jogo que há muito já devia estar ganho. Voltou também a falhar um golo certo, acertando no guarda-redes, mas redimiu-se no final colocando justiça no marcador e carimbando a passagem aos oitavos. Saúda-se o regresso aos golos e espera-se que voltem a ser uma constante.

Helton: voltou a ser felino a evitar um golo certo. Tem sido importante nesta Champions, sofrendo apenas um golo (o de Álvaro Pereira não conta), em Londres, onde evitou outros certos...


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Hulk: Apesar de andar trapalhão e deslumbrado com o sucesso, continua a ser o melhor jogador do Porto. Mas um profissional de futebol não pode falhar um golo assim. Eu sim, podia falhar, mas estou em crer que não falhava. No entanto, só falha quem lá está. Isoladíssimo, apenas com o guarda-redes pela frente... é obrigatório marcar, ou pelo menos, ficar lá perto. Mas já é a 3ª ou 4ª vez que consegue embrulhar-se com a bola, dá-la ao guarda-redes e perder um golo óbvio e fácil. Dadas as dificuldades nesse capítulo, será que Jesualdo alguma vez o colocou a treinar lances semelhantes?

Rodriguez: Pode dizer-se que, do que se tem visto esta época, parece ser um jogador banal, daqueles que não custam 7 milhões de euros e não ganham 150 mil/mês! Mas ele custa isso tudo... talvez por isso e pelo que fez no ano passado se exija mais dele. Muito mais!


Agora na Champions ainda há um objectivo, o de vencer o Chelsea para garantir o 1º lugar do grupo. Mas mais importante que isso é concentrar para o campeonato e rapidamente chegar também ao nosso lugar. Para isso é essencial vencer na Madeira.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Uma hora para acordar?

Depois da lição mal estudada para o confronto da jornada anterior com os estudantes, impunha-se apresentar outra cara, outra atitude, outra raça... impunha-se apresentar futebol!
Com o Professor, na véspera do jogo, a chamar gente ao estádio e a dizer que tudo iria mudar, acreditei que assim fosse, mas inexplicavelmente foi pior. O adversário, o Belenenses, era do mesmo calibre que o anterior e esperava-se que jogassem lá atrás fechados como por norma fazem. Assim foi, tudo como se previa excepto a apatia do Porto.

Mais uma primeira parte em que nada se viu. Será injusto dizer que foi tão mau como contra a Académica, não foi mas andou lá perto. Se se pensava que o problema era do meio campo, desta vez já jogou Belluschi, ou melhor, desta vez esteve lá, pois jogar vi pouco. Na frente a opção recaiu e bem em Farias que vinha de bisar e assim também dizer a Falcao que precisa de afinar a pontaria, como também neste jogo voltou a ficar evidente.

Com uma primeira parte má, sem entrosamento, sem grandes oportunidades de golo, tirando uma mal anulada pelo árbitro que Farias aproveitou e marcou mas a passe de um adversário, era preciso alterar a equipa e a atitude ao intervalo. Apenas foi alterada a equipa com a entrada de Falcao, mas a atitude só mudou depois de o Belém marcar! Se já estava mau tudo piorou... mas a equipa lá acreditou e mandou-se para a frente e dez minutos depois, Farias mais uma vez no lugar certo consegue empurrar para a baliza, acabando da melhor forma uma confusão na área. Dai para a frente, a verdade é que só deu Porto, mas só com coração e sem imaginação... estivemos perto do 2-1 com Bruno Alves a acertar na barra e já no final Meireles a errar a baliza por pouco. Mas desta vez não deu, perdemos dois pontos numa jornada que tinha tudo para ser perfeita... A culpa, essa fica em casa. Outra lição a rever pelo Professor.


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Adeptos: não os do assobio, mas os que apoiam do início ao fim. As claques que tudo fizeram para levar a equipa à vitória, mesmo depois de estar a perder.

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Equipa: a estranha apatia e falta de soluções começam a ser preocupantes. Acordar para a vida apenas aos 60 minutos é muito tarde, num jogo que só tem 90! Jogar futebol só com o coração, em busca do prejuízo, por norma não resulta. É preciso entrar com atitude de vencer desde o primeiro minuto.


Perdemos dois pontos num jogo daqueles que dão os títulos, muito mais grave quando na mesma jornada jogavam os dois primeiros e era importante encurtar distâncias. Do mal, o menos, diminuiu-se num ponto a distância para o principal adversário (será?) que desta feita, nem com os mergulhos habituais na grande área, não conseguiu marcar sequer um golo da esperada goleada... Paciência!


Amanha, em Chipre regressa o nosso Campeonato e só a vitória interessa para confirmar o apuramento.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lição mal estudada...

Dia de receber o último classificado no Dragão. Um jogo aparentemente fácil que se tornou complicado por culpa própria. Não se percebe como em três dias, a mesma equipa consegue jogar de forma tão diferente. Se contra APOEL acabamos a primeira parte com 17 remates à baliza, como é possível acabar-se esta primeira parte com apenas 2?! Mas para além da falta de remates, assistiu-se a um desnorte completo da equipa. Acho que eles próprios não sabiam o que ali estavam a fazer...
Arrisco-me a dizer que foi a pior primeira parte de sempre em jogos no Dragão... pelo menos! Se foi tudo falta de motivação, por ser um jogo contra o último, então algo vai mal nas lições do Professor. Se ele próprio disse que o que faltou foi um clique-mental que surgiu ao intervalo, então esse clique já veio com atraso... É durante a semana que deve motivar os jogadores para este tipo de jogos... aparentemente fáceis, mas que ditam os títulos!


O Porto entrou em campo, com a mesma equipa do jogo anterior, desta feita e aparentemente com Rodriguez no meio e Mariano na ala. Aparentemente porque a certa altura da primeira parte já não se percebia como era aquilo... Já Rodriguez andava na esquerda, Hulk ao meio e ninguém no meio campo. Para além disso, existiram largos momentos em que não se conseguiam mais do que 2 ou 3 passes seguidos, bolas mal dominadas foram uma constante e remates nem vê-los! Péssimo.

Na segunda parte esperava-se outra atitude e sobretudo mudanças na equipa logo ao intervalo. Mas não... como estava tudo a correr bem, voltaram os mesmos 11. Incompreensível. A atitude melhorou, já se procurou o golo mas sem grandes resultados. Mexer na equipa era inevitável e Farias, com 15 minutos de atraso lá entra. Claro que os adeptos do assobio ficaram descontentes com a opção de tirar Rodriguez, pois todos queriam que saísse Mariano para poderem assobia-lo bem. Correu-lhes mal porque pouco depois, Mariano consegue de cabeça o golo há muito esperado!
Pouco depois Farias faz o 2-0, a passe do Mariano(!!), e consegue a esperada tranquilidade. Puro engano... Quando se devia ir em busca do 3º adormece-se e a Académica chega ao 2-1 e consegue intranquilizar a equipa do Porto e os adeptos... Não era mesmo necessário. Foi já com Guarin em campo, e a passe deste, que se chega ao 3-1 pelo inevitável Farias! Estava feito... ou talvez não, pois incrivelmente, já nos descontos, consegue-se sofrer mais um golo... inadmissível sofrimento para um campeão.




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Mariano: já muito mal disse dele e não foi este jogo que fez dele um jogador diferente. Foi o mesmo, sempre a dar o máximo de si com as coisas a saírem-lhe bem e mal como de costume. Mas ninguém mais do que ele merecia abrir o marcador e calar os assobios daquela gente. Entenda-se que eu até posso dizer mal dele aqui, mas lá canto e puxo por ele. Marcou um golo e ofereceu o segundo! Força Mariano!

Farias: normal, entrou e marcou! É quase sempre assim, mas desta vez entrou para resolver o que estava complicado. Em três oportunidades, dois golos. Pedir-lhe mais o quê? Talvez já mereça a titularidade no próximo jogo.


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Todos: que péssima exibição principalmente na primeira parte. Indescritível a falta de atitude... Falhar passes, não dominar bolas, não rematar... foi mau. Acordaram a tempo e espero que tenha servido de lição para jogos futuros. É com Todos estes que seremos PENTA-CAMPEÕES! Força Porto!


É em jogos destes que se ganham e perdem os campeonatos. Felizmente correu bem o que esteve complicado, mas é preciso outra atitude da equipa e dos adeptos, pois não é a assobiar que ajudam. Depois do Hulk, agora foi a vez do Mariano obrigar os adeptos do assobio a guardarem-no lá bem no fundinho...

"Maaaaariano Gonzalez! Maaaaariano Gonzalez! Maaaaariano Gonzalez!"


Sexta-feira são os pasteis? Até os comemos!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

HULK, sem AP(O)ELo nem agravo!

A Champions League estava de volta! Logo de manha sente-se algo diferente por ser dia de Champions, dia de jogo-grande no Dragão. Engana-se quem diz que o jogo não era de grande cartaz, pois na Champions todos o são, ou não fosse esta prova a melhor do Mundo no que diz respeito a clubes! Mas dos adeptos que por norma vão ao Dragão, apenas 31 mil pensam assim...

Quanto ao jogo, foi dia de estreia de um novo tridente ofensivo, com Rodriguez, Hulk e Falcao. No meio campo, com a ausência de Belluschi, por lesão, o eleito foi, adivinhem! Mariano, pois claro...
Era preciso ganhar este jogo para poder ficar mais perto do apuramento para a fase seguinte. O adversário vinha do Chipre, o APOEL - equipa sem história na Champions e assumidamente defensiva. E foi assim que entraram para o jogo, com o Porto em busca do golo e o Apoel fechado lá atrás, a defender com muita gente, a procurar adiar o nosso sucesso. Conseguiram e sem que nada o fizesse prever chegam ao golo sem efectuar algum remate! Cruzamento da esquerda e Álvaro Pereira, embrulhado com um adversário, a fazer o golo na baliza errada. Um balde de água fria, mas sentia-se que era possível dar a volta. O Porto manteve a calma e dez minutos depois, Falcao recupera uma bola no ataque, isola Hulk que não falhou. Estava feito o empate. Pouco depois chega o intervalo e as estatísticas eram elucidativas, 17 remates do Porto contra 0 do Apoel!

Tínhamos de entrar com tudo para a segunda parte e assim foi. Mariano trocou de lugar com Rodriguez, que ainda não tem força para romper pelas alas. Logo aos 3 minutos, penalti claro por mão na bola, Hulk assumiu a marcação e não falhou! Não podia ter começado melhor e estava feita a reviravolta. Mas foi um quarto de hora de vendaval ofensivo, com Hulk a fazer novamente um jogo...incrível e com boas combinações com Falcao, Rodriguez e Álvaro Pereira. Só não fizemos o 3-1 porque Falcao falhou como não costuma.
O pior estava para vir, quando Mariano numa habitual paragem cerebral resolve ser expulso... A 15 minutos do final o Apoel começou a acreditar que seria possível chegar ao empate, mas o Porto segurou e quase se podia complicar um jogo que teve tudo para ser fácil. Não se podem falhar tantos golos, mas o importante estava feito, a vitória! Na Champions vencer por um golo de diferença é goleada.


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Hulk: é o homem que faz mexer o Porto, com confiança é imparável. Está a voltar ao que era, a arrancar, a chutar, a marcar a assistir para golo... a ser incrível! Mas ainda bem que não faz sempre tudo bem, senão seria o melhor do mundo e já cá não estava... Espero que continue a perder bolas sem jeito e a rematar em vez de passar por muitos anos...
Falcao: não marcou, mas mostrou, mais uma vez, que não é aquele ponta-de-lança que vive apenas de golos. Não é daqueles que, quando não marca, não se dá por ele, bem pelo contrário! Joga, procura a bola, faz jogar, assiste para golo e quando é preciso vai ao chão recuperar uma bola. Muito bem! Temos avançado!

-
Mariano: começo a achar que é um jogador tipo "roleta russa"! Nesta analogia, o tiro será um bom jogo de Mariano... Por isso é sempre um risco pô-lo em campo, pois a probabilidade de "sair tiro" é bem menor do que não sair nada... Não tem saído nada.


Nota: este foi o jogo ideal para os que assobiaram o Hulk no jogo anterior, meterem o assobio no... bolso. No entanto, esses tais nem devem ter ido a este jogo com medo da chuva... pois não os ouvi...
Já agora, os assobios ao Mariano não o ajudam em nada!


Contra os estudantes, vencer, vencer!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

História repetida

Ditou o sorteio que seria novamente o Sertanense, pelo 3º ano consecutivo, o adversário do FC Porto em mais uma eliminatória da Taça de Portugal. E como não há duas sem três o resultado voltou a ser o mesmo.

Um jogo em que se esperava uma revolução no 11, ver jovens da formação em acção e golos... o que veio a acontecer. Quatro sem resposta, se bem que se devia ganhar por mais, tanto que a certa altura o Sertanense já jogava com 9, tendo jogado mais de uma hora com 10... Para além do que se esperava, houve outra surpresa: um novo esquema táctico, o famoso 3x4x3 de Adrianse! E diga-se que contra adversários deste calibre (bem como alguns da 1ª liga), a jogar em casa, não são precisos mais do que 3 defesas...
Foi dia de estreias a titulares de Beto, Maicon, Nuno A. Coelho, Valeri e Prediguer, com maior destaque para a maior surpresa no 11, Sérgio Oliveira, o mais jovem de sempre a actuar em jogos oficiais pelo FC Porto, com apenas 17 anos, superando assim o bi-bota Fernando Gomes.

Quanto ao jogo, entramos praticamente a ganhar com o golo de livre directo de Hulk, exemplarmente cobrado. Nem 5 minutos depois, penalti por mão na bola (a evitar golo) do jogador adversário. Farias não falhou. Estava feito, daí para a frente foi assistir a novas investidas do Porto, na sua grande maioria tendo Hulk como protagonista, no entanto foi após jogada de insistência de Rodriguez, que já junto à linha cruzou para Farias que num toque pleno de classe e supless a fazer o 3-0.

Para a segunda parte, mais do mesmo e estreias de mais 3 jovens, Yero, Dias e Alex e apenas mais um golo, de Hulk já perto do final do jogo a passe de Sérgio Oliveira para fechar o jogo e repetir a história, desta feita no Dragão.

+
Hulk: voltou a ser incrível, apesar de por vezes se perder em individualismos, que os assobios não resolvem.
Farias: mais dois golos que devem fazer dele o "suplente" com maior eficácia da história do clube. Quase sempre marca e quando não o faz anda lá perto.



Nota ainda para os (estúpidos) assobios da plateia a Hulk, quando ele se perde nos individualismos. Das duas uma, ou querem que ele passe sempre a bola ou passe sempre pelos adversários, pois quando ele passa por eles ninguém assobia, ou então estão mortinhos que ele não passe por ninguém para poderem assobiar... Se querem ter um novo Quaresma é só continuarem a assobiar, mas quem saí prejudicado é o Porto!


Venha lá de novo a Champions, o nosso campeonato!