segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

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Enganados e mal orientados. Na quarta-feira todos pensamos que o Porto, o nosso Porto, estava de volta. Os valores que nos caracterizam pareciam já perdidos e ao aparecerem e fizeram-nos acreditar que tudo podia melhorar. Inclusive a qualidade do nosso jogo... Ânsiavamos todos por ver o Porto revoltado, o Porto a reagir, o Porto em campo a dar tudo o que pode, o Porto a não se deixar comer, o Porto a não se calar e tivemos tudo isso... daí o entusiasmo que se criou. Desmedido porque afinal era assim que devia ser sempre e foi assim que eu cresci a ver o Porto e foi assim que o Porto cresceu! Na quarta-feira podemos dizer que "só" faltou aquilo que tem faltado em grande parte dos jogos: futebol. Com sinceridade vimos que com 11 para 11 não fomos superiores e, no final, apesar de termos achado aqueles 9 jogadores uns heróis, friamente e vendo bem as coisas, o Porto noutros tempos com 9 não deixava o adversário criar tantas oportunidades! Nem se chegavam à nossa baliza! Até os "ferrávamos" e com sorte até ganhávamos! Os nossos jogadores deram tudo que tinham, não nego, mas têm pouco... permitiram imensas oportunidades ao Braga e não fosse o Helton, esse sim, aquilo tinha corrido muito mal e não tinha havido "euforias". Chegou-se ao cúmulo de dizer que estes jogadores têm mística e que afinal nem são precisos jogadores portugueses. E no "factor Helton" começou a derrota na Madeira. O treinador não teve visão para aproveitar o momento que galvanizou a equipa e os adeptos. Segurança, agilidade, liderança, voz, respeito, entusiasmo, galvanização, moral são muito mais importantes do que a possível "injustiça" da substituição... e quem perdeu foi o Porto. Mas o problema, infelizmente é muito mais que a baliza e tudo o que o Helton podia trazer. O grande problema é a falta de objectividade do nosso jogo. Jogamos demasiado para o lado e para trás e não somos eficazes nos jogos decisivos! Esta época não ganhamos um... Em resumo, como temos tido tão pouco, quando vemos algo um bocadinho melhor entusiasmamo-nos em demasia. Este ano já acabou. Ninguém se iluda outra vez. No dia em que perceberem que o que nos falta não há dinheiro que compre, isto voltará a ser o que já foi.

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