quarta-feira, 17 de junho de 2009

Obrigado Senhor Pedro

Infelizmente chega ao fim a carreira brilhante de mais uma figura dos tempos recentes do FC Porto. Chegado ao clube em 2002, trouxe com ele a raça e alma dos grandes líderes. Um exemplo de profissinalismo e dedicação ao clube. Na memória, ficará para sempre o olhar que lançou ao guarda-redes do Once Caldas, antes de o bater no penalti que decidiu a Taça Intercontinental.
Portou-se sempre como um senhor, mesmo quando deixou de ser opção regular, como na última época. Mesmo assim, ficar mais um ano seria importante para o balneário que vai ver fugir, assim de uma só vez, dois importantes líderes. A opção não foi essa e a missão de formar novos campeões será de certo cumprida com (o mesmo) sucesso.

Mais um grande capitão que acaba a carreira sem a merecida e simbólica homenagem. Depois de Domingos, Jorge Costa e Vítor Baía, é agora a vez de Pedro Emanuel. Com a excepção de Jorge Costa (que já não estava no clube), todos os outros anunciaram o final de carreira só depois de terminada a época, privando assim os adeptos de lhes agradecerem por tudo que fizeram pelo clube. Não sabendo de quem parte essa repetida estratégia e supondo que não parte dos jogadores em questão, não é definitivamente a melhor opção. Não teria sido mais inteligente anunciar a decisão no último jogo da época? Os adeptos agradeciam e o Pedro merecia...

Palmarés no FC Porto:

6 Campeonatos Nacionais (não jogou uma época por lesão)
3 Taças de Portugal
3 Super-Taças
1 Taça Uefa
1 Liga dos Campeões
1 Taça Intercontinental

Por tudo, fica o meu agradecimento e a recordação eterna de um olhar "matador" que marcou a história do FC Porto.

sábado, 6 de junho de 2009

Saia uma Dobradinha para o Campeão!

Final da Taça, novamente no Jamor. No Estádio Nacional, como lhe chamam e, à partida, pelo nome até parece ser um Estádio onde se realizam muitos jogos, visto ser Nacional. No entanto, só é lá jogado um jogo por ano, no qual costumamos estar presentes...

Defendem que se deve respeitar a tradição e que por isso nem querem por em causa a continuidade do Jamor como palco desta Final. Nada mais errado... Pela tradição, então voltemos às balizas de madeira, bolas de dez quilos e aos campos pelados! Numa altura em que tanto se fala em novas tecnologias para o futebol, admite-se que a final da Taça de Portugal seja jogada num Estádio sem as mínimas condições? Nenhum jogo da UEFA poderia ser lá jogado e a Selecção nunca lá joga. Sintomático.


Não sou contra uma final em Lisboa, até acho bem, visto ser a capital... mas na 2ª circular há estádios bem melhores e com maior capacidade. Em Inglaterra, para respeitarem a tal tradição, fizeram obras em Wembley, mas justificará fazer obras num estádio que só é usado uma vez por ano? Penso que não.


Ah... e não me falem das sardinhadas e churrascadas na mata antes da "festa do futebol", até porque quando quero comer sardinhas vou a uma qualquer festa popular e para um bom churrasco existem óptimos restaurantes. Isto para não falar das condições de segurança inexistentes nessa mesma mata em jogos de risco elevado.



Último jogo da época e um dos mais importantes. Isto porque estava em discussão (mais) um título, a Taça de Portugal. Troféu este que, para nós portistas, sendo o único da época não tem a importância que outros lhe dão, mas junto de um campeonato a Taça fica sempre bem! A já famosa Dobradinha à moda do Porto.


Como Pinto da Costa uma vez disse, "as finais não se jogam, ganham-se!" E assim foi mais uma vez. Quem esperava ver um belo espectáculo, que fosse à Ópera... e isso é no São Luís. A final era única e exclusivamente para ser ganha, a jogar bem ou mal. Até porque, com Jesualdo Ferreira aos comandos, o Porto em tudo que é Taça tinha, até agora, encalhado...
Relativamente ao jogo, jogamos o suficiente para levar de vencida a equipa do Paços de Ferreira, que só por ter chegado à final, já merece o aplauso de todos. Entrar praticamente a ganhar ajudou. Com a grande eficácia de Lisandro que na primeira oportunidade de que dispôs fez o que sabe. Daí para a frente foi gerir o resultado e criar perigo sempre que possível.

Fim do jogo e a entrega da Taça pelo Presidente da República ao grande capitão Bruno Alves! O mesmo que já lá em baixo, no relvado, se deslocou à "mesma bancada da Figueira da Foz" mas desta vez para festejar despedir-se dos adeptos que sempre o apoiaram... "Bruno Alves, olé! Bruno Alves olé!" Tinhas razão! Juntos íamos vencer... e vencemos!



E o Porto regressou à rua...

Mais uma época normal, onde apenas faltou ir mais longe na Champions.


Para o ano há mais!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O Porto está na rua!


Final do campeonato. Jogo da consagração diante do Braga, equipa que fez ela também um bom campeonato...sempre na luta pelo 3º lugar. Jogo de festa, com o regresso das pinturas na cara dos jogadores, o que não aconteceu nos dois últimos títulos. No primeiro, porque o campeonato foi decidido apenas no último jogo e no ano passado porque já tínhamos sido campeões há muito tempo e já tinha havido muitos jogos de festa, ou não tivéssemos acabado com 20 pontos de vantagem...

Estádio cheio para saudar os campeões, onde não faltou a habitual foto de família para o álbum das recordações de mais um título, O 24º da nossa história. Está quase...

Relativamente ao jogo, que pouco ou nada interessava, registo apenas para o resultado de 1-1. Com Farias mais uma vez a fazer o gosto ao... corpo e marcar num ressalto de bola. Um jogo de descompressão e sem a atitude e concentração de outros tempos, mas afinal estes jogadores, mais do que mingúem, também merecem descansar e festejar porque são TETRA CAMPEÕES! Estes são os nossos heróis deste ano e para eles o meu OBRIGADO! Para o ano, a juntar a estes heróis, existirão outros para que o PENTA seja de novo uma realidade.

Final do jogo, o momento mais esperado, e tudo para a rua festejar. A cidade encheu como há muito não se via, ou não fossem os jogadores regressar às ruas da cidade para comemorar mais um título... a VIA TETRA como lhe chamaram, desde a Ribeira até à Avenida dos Aliados... junto à Câmara. Finalmente deixou-se a Alameda do Dragão e regressou-se de novo à baixa da cidade, local de festejo de muitas vitórias! Imensas!

Os jogadores tardavam em chegar... até que, envoltos em fumo e fogo, lá aparecem no autocarro dos Campeões! Um mar azul, cachecóis no ar, bandeiras ao vento, o povo a saltar e gritar que somos os CAMPEÕES! Tudo a vitoriar os nossos jogadores, que de certo guardarão na memória e por muitos anos a imagem desta festa.

Não devemos nunca acomodar-nos ao hábito de vencer, temos sempre que festejar cada título de campeão como se fosse o primeiro! Quem assim não faz, no longínquo dia em que não conseguirmos vencer vai dar mais valor a festas como esta...

Nota apenas para um facto: Desde que foram fechadas as Portas da Câmara, em 2002 pelo Sr. Rui Rio, só por uma vez não fomos campeões nacionais. Há que juntar ainda a esses 6 títulos uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Taça Intercontinental, mas umas quantas Super-Taças Nacionais e Taças de Portugal. Podem fechar a Câmara, mas as ruas não podem e a cada título conquistado, o PORTO ESTÁ NA RUA!