quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Equilíbrio, desequilibrado...

No jogo que podia dar o primeiro lugar do grupo, o Porto falhou. Foi a primeira derrota com consequências directas num objectivo, pois agora nada mais nos resta do que o segundo lugar e defrontar nos oitavos-de-final um dos primeiros... Se calhar até não é mau de todo, pois vejo como acessíveis o Bordéus, o Sevilha, o Arsenal e Fiorentina/Lyon. A jogar como estamos, impossíveis só mesmo Barcelona, ManUtd e RealMadrid... mas até Fevereiro ainda falta muito...

Quanto ao jogo, duas novidades. Beto na baliza e Hulk no banco... surpresa esta última, mas ele já merecia para ver que tem ainda um longo caminho a percorrer para se tornar na estrela que todos esperamos. No meio campo voltou Belluschi, que apesar de ter parecido mais solto, desapareceu na segunda parte e passes errados foram uma constante.

O Chelsea apresentou-se a jogar calminho, sem pressas e pautou o ritmo do jogo. Acelarando e controlando quando queria. O empate servia-lhes, por isso estavam tranquilos e tratavam a bola melhor que nós... O Porto tinha de fazer mais do que a miserável exibição da Madeira, e fez! Mau era... Na primeira parte fez por chegar ao golo, especialmente por Belluschi que de longe bem tentou, mas viu a barra negar-lhe o golo. Noutra ocasião depois de mais um remate de longe, foi Falcao que na cara de Cech não conseguiu marcar... O Chelsea na primeira parte, só por uma vez incomodou Beto a sério.

Depois de um primeiro tempo aceitável, esperava-se o mesmo na segunda parte. Mas não, Belluschi desapareceu, Varela também, o jogo foi mais confuso com muitos passes falhados e falta de decisão na hora do remate ou último passe. Foi uma segunda parte sem chama que piorou/acabou no momento do golo do Chelsea...


Perder nunca é bom, em casa ainda pior. Apesar de ter sido contra uma equipa como o do Chelsea (equipa de milhões, consolidada há vários anos e 1ª de Inglaterra), não devia sequer parecer normal como agora parece que é... O Porto habituo-nos a bater-se com equipas deste nível e a ganhar-lhes ou pelo menos não perder, mas esses tempos parece que já lá vão...e aceita-se, mas não se devia aceitar. Temos obrigação de fazer mais, de jogar melhor, de lutar como antes. Somos o Porto!


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Bruno Alves: impecável como sempre! O agora, classificado por alguns de "caceteiro", "violento", "assassino" se um dia sair verá reconhecido, por esses mesmos, o seu valor e passará a ser dos melhores centrais do mundo. Mas para nós já o é! Que fique cá e por muitos anos!
Raul Meireles: parece que a selecção lhe fez bem. Esteve mais disponível e concentrado para o jogo...

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Rolando: Estava a fazer um bom jogo, até lhe parar o relógio novamente... viu o cruzamento passar por si sem sequer tentar fazer-se à bola. Se calhar precisa de ir para o banco como o Hulk foi...
Hulk: acabado de entrar, não foi capaz (ou não quis) acompanhar a subida do lateral esquerdo do Chelsea... resultado: golo! Dois em cima de Sapunaru, facilmente desequilibraram o equilíbrio até então.


Nota do Jogo:

Deco voltou a casa e foi recebido como filho pródigo. O Dragão prestou-lhe homenagem e o Mágico não festejou o golo do Chelsea

A vénia que faltava

Deco regressou ao Dragão. Mais de cinco anos depois, o Mágico reencontrou o FC Porto pela primeira vez. Foi ele a dar o pontapé de saída, mas foram precisos 15 minutos para se perceber que ainda ninguém se esqueceu dele. Canto para o Chelsea, Deco para bater, e adeptos de pé no primeiro grande aplauso da noite. Minutos mais tarde, a confirmação de um amor que não tem fim: "Nos nossos corações... eternamente dragões", lia-se numa mensagem extensível a Ricardo Carvalho. Pelo meio, golo do Chelsea; Deco não festejou, nem um braço no ar. Mas o melhor mesmo ficou reservado para o minuto 76: estádio de pé a ovacionar o Mágico no momento da sua saída. Arrepiante. Deco agradeceu. Para sempre.

sábado, 21 de novembro de 2009

Obrigado Campeões. Bem-vindos a casa.

Apesar de já estar tudo quase decidido, este Porto-Chelsea é (mais) um jogo para ganhar, de modo a assegurarmos o primeiro lugar do grupo. Talvez mais interessante que o próprio jogo, é o facto de, no outro lado, estarem dois dragões que regressam a casa e merecem o nosso aplauso. Um aplauso imenso de todo o estádio e de pé! Por ser um jogo, meio a feijões, certamente haverá oportunidade para isso. Assim espero.

Será a nossa oportunidade única de agradecer o que Deco e Ricardo Carvalho tudo o que fizeram por Nós! Jogadores, ainda hoje, excepcionais que nunca esconderam o que sentem pelo Porto. Connosco ganharam TUDO... Campeonatos, Taças de Portugal, Supertaças, bem como a inesquecível Taça Uefa e a Champions! Para eles, o meu obrigado hoje e o meu aplauso Quarta-feira.

Será especial relembrar o cântico:
"É o número 10,
Finta com os dois pés,
É melhor que o Pelé,
É o Deco allez allez"

Obrigado Campeões, bem-vindos a casa.
Que o Estádio se levante para a merecida ovação.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Levantar a cabeça!

Não penses que com este desânimo colectivo, deixamos de gostar de ti e dos teus esquemas nem sempre óbvios ou eficazes, que abandonamos as nossas firmes convicções e que o nosso coração já não pulsa com a batida sincopada do dragão que sente, que chora, que ri, que exalta este nome místico e simbólico, tão ligado à invicta e férrea vontade de vencer, resistir, lutar contra tudo e contra todos, no limiar das hipóteses. Bem pelo contrário: os nossos berros de desânimo servem para alastrar e magnificar a tua voz, Dragão, que andas apenas pálido e sem a vontade esmagadora de tudo queimar, à tua passagem, como nos tens habituado.

Não fiqueis de cabeça baixa da próxima vez que entrarem em campo, pois o estandarte azul e branco necessita rapidamente de ser erguido acima dos que nos atacam sempre com apitos dourados e mancham a nossa competência futebolística e vitórias históricas com rumores e muletas mediáticas que lhes dão carta branca e escaparate diário nas montras das lojas e quiosques.
Essas frentes de exposição pública e jornalistas ou jornaleiros cuja voz interior apaga a sua imparcialidade, faz também parte do séquito que é contra nós mas nos alimenta a chama do descontentamento e que a ti passamos, desta forma, para que possas ouvir bem alto, bem perto, o que te queremos dizer ...

Por isso, Jesualdo, não te deixes abater porque a nossa batalha este ano é realmente a de campeão. Tem sido fácil, admito, para ti e para o nosso grandioso clube vencer até por demérito usual dos nossos adversários, nos últimos e repetidos anos. Reflexo da nossa condição de grande clube sem hábito de luta esforçada à altura do que queremos para a Europa - convenhamos e é humilde e de bom tom admitir que o futebol nacional tem o FCPorto e mais 2 equipas e meia - temos ganho sem grande alarido e esmagado; temos habituado os Dragões à exigência do bom futebol e dos passes bonitos, com golos ardentes; temos feito da nossa equipa um baluarte europeu e uma referência financeira nos negócios futebolísticos; temos dado alegrias e asas aos sonhos dos dragões e da cidade, temos projectado o nome da nossa cidade além fronteiras, além de todas as expectativas e esforços feitos para nos manterem como equipa do norte, provinciana e tosca, pequenina, fora do braço salazaresco e da capital. Vencemos, ainda assim! Somos quem somos, assim mesmo.

Por isso, escuta, Jesualdo: dá esta carta aos nossos soldados! Este ano, a batalha é forte, com adversários melhores preparados, mais moralizados e mais sólidos.
Daí, berrarmos em alta voz o desconforto que nos vai na alma .... Ganha por todos nós e levanta a chama do dragão ....

António de Castro


É hora de, mais que nunca, lutarmos até contra nós próprios e apoiar o FC Porto. Até porque tudo isto, não poderá passar de um curto e temporário pesadelo.
Queremos o Penta, vamos ganhar o Penta.
Temos de o ganhar!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A piscina da luz!

Nem só dos mergulhos de Aimar, Di Maria e Saviola vive o estádio da luz. Apesar das habilidades constantes desse trio de artistas, há que referir que nem tudo que lá caí é simulação! Especialmente quando se tratam de lances do adversário do dono da piscina...

Curiosa esta vitória (justa) do benfica frente à Naval. Desta vez nem houve confusão no túnel nem histerias no final... interessante. É fácil verificar-se porquê:

A equipa com razoes de queixa da arbitragem é a Naval.

41': Maxi Pereira derruba Camora na área do Benfica. Havia lugar a grande penalidade?

«O Painel de jurados de O JOGO considera, por maioria, que o árbitro Lucílio Batista "pecou" ao não assinalar falta de Maxi Pereira sobre Camora já perto do intervalo.»
in O JOGO, 10/11/2009


89': A falta que dá origem ao golo do Benfica, sobre Di María, foi bem assinalada?

«Não consigo encontrar qualquer infracção que justificasse o livre. O que se revelou impróprio foi o livre assinalado.»
in O JOGO, 10/11/2009

Na luz, com o resultado em 0-0, ficou um penalti por marcar a favor da Naval, com o consequente amarelo para Maxi Pereira, no caso seria o segundo. Contudo, a bem da "verdade desportiva", este lance, bem como, o do livre inventado que esteve na origem do golo encarnado, não fazem parte das crónicas dos jornais nem dos resumos televisivos do jogo. Compreende-se, convém evitar polémicas desnecessárias que manchem as vitórias do clube do regime.
Mas é também importante referir que, tal como o livre (inventado) que originou o golo, existiram outros tantos... não tantos quantos as simulações, mas muitos e mal assinalados... pelo Senhor Lucílio Baptista!

Depois de, em pelo menos 5 jogos esta época, tanto terem treinado as quedas dentro da área (com sucesso diga-se), agora a piscina alargou e já não é apenas na grande área...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mau, a roçar o miserável...

Quando se pensava que pior era impossível, acontece o que há muito se previa. Perder, na Madeira, com um auto-golo e bater no fundo futebolisticamente falando. Foi miserável esta exibição. Não há outro adjectivo possível para qualificar o que se passou neste jogo, diante de um Marítimo, que tal como o Belenenses, não me admira que para a semana seja goleado num qualquer campo deste País.

É inadmissível que jogadores que ganhem tanto dinheiro apresentem esta falta de motivação, falta de atitude e, também preocupante, falta de jeito para jogar futebol.

A equipa apresentada era a mesma do último jogo. Novamente um meio campo sem criatividade com Fernando, Meireles e Guarin... três jogadores quase iguais que não fazem a diferença em termos ofensivos. No ataque os mesmos, o suposto trio maravilha, que só tem sido ineficaz.

Novamente uma entrada em jogo apática, sem soluções. Os passes consecutivamente falhados denotam a qualidade do futebol portista. Está fraco, os jogadores estão à deriva em campo e parece que cada um joga por si. O resultado é um atabalhoamento de tal ordem que dá pena assistir. Não tenho memória de um futebol tão mastigado e aos repelões, de chuto para frente a ver no que dá. Oportunidades na primeira parte? Zero! Contei um remate (passe) de cabeça do Falcao para o guarda-redes. Claro que o Marítimo aproveitou e criou umas 5 oportunidades de golo claras que não concretizou. Mas tinham Rolando que se encarregou de cortar uma bola aparentemente simples... para dentro da própria baliza. Acontece. Era tempo de reagir, mas tudo continuou igual como se estivesse 0-0. Colocar jogadores a aquecer para não entrarem não se entende. Era preciso mexer na equipa ainda na primeira parte! E não era só uma alteração! Mas não, o Professor esperou pelo intervalo para lançar o seu coelho habitual da cartola...

Quando se esperava outra atitude, vem tudo igual! Inexplicável. Como é possível voltar com a mesma atitude e com o mesmo futebol sem soluções? Parece até que foram à Madeira em passeio! Mariano que entrou ao intervalo, fez o que se esperava, nada. Farias foi mais um lá na frente e Tomas Costa (outra grande opção) entrou para fechar à direita! Para isso deixava-se lá o Sapunaru! O único criativo (ou rotulado de tal) não entrou... Parece que Belluschi já não serve. Só aos 80 minutos, e já com o coração na mão é que nos lançamos para frente a ver no que aquilo dava. E foi neste período que Falcao ainda conseguiu falhar dois golos...

Perdeu-se e bem e até se pode dizer que perder só por 1 golo já não foi mau. O Penta pode ter ficado na Madeira...


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Bruno Alves: o único jogador do plantel com atitude, com raça, com vontade de vencer. É isto um jogador à Porto e é preocupante existir apenas um.

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Jesualdo: se o plantel não tem soluções, a culpa é dele que o escolheu. Não diga que o problema são as lesões pois vai muito mais além disso. Os 11 que jogam não têm atitude ou motivação e o culpado disso é só um. O único que "os trabalha" durante a semana...
Não se percebe como é que estando a jogar miseravelmente e consequentemente a perder, só mexa na equipa no intervalo e lançando, claro está, o Mariano. Então e o Farias?! Qualquer um mais atento sabia que só entraria aos 60. Normal e previsível nas substituições. E como estávamos a ganhar havia que sair o Rodriguez...
Que futebol é este Professor? O Belluschi já não lhe serve? E as bolas paradas, não se treinam? É tudo tão previsível e tão mau!

Equipa: ou melhor, este conjunto de jogadores que não forma uma equipa. Do Helton ao Hulk, só escapou B.Alves na atitude. O nº1 a jogar manco (não se percebe!); na defesa os laterais a abrir espaços atrás, sempre a deixarem cruzar e inoperantes ofensivamente, Rolando a parar-lhe o relógio por completo; meio campo intragável com Meireles uma nódoa a não acertar um passe, Guarin sem sal como sempre e agora até Fernando anda na lua; no ataque Hulk não passou por ninguém e não fez rigorosamente nada, Rodriguez continua gordo e não leva uma bola para a frente, já Falcao continuou a desperdiçar. O mais preocupante nem é tanto a falta de jeito que apresentam porque acredito que não desaprenderam, é sim a falta de atitude, empenho e de garra.


O PORTO NÃO É ISTO e urge reagir rápido. Mas muito rápido. Cinco pontos são recuperáveis mas é preciso outra atitude, é preciso futebol.
Força PORTO!


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A voar para os Oitavos!

Pelo 4º ano consecutivo atingimos os oitavos-de-final da Champions, este ano logo na 4ª jornada. Se ser recordista de presenças nesta competição, a para do Man Utd, é digno de registo, passar à fase seguinte 4 anos seguidos também parece importante e não está ao alcance de todos.

Depois de duas jornadas para a Liga com exibições pouco conseguidas, esperava-se uma atitude diferente. O adversário era igualmente fraco e notou-se mais motivação e vontade de conquistar rápido a bola, mas futebol ainda não é o melhor. Um pouco atabalhoado, sem soluções a viver-se de um ou outro lance individual que acabava em disparate ou em falhanços... incríveis. O meio campo desta vez teve Guarin e ele nota-se em campo, ao contrário do que tem acontecido com Belluschi. Na frente desta feita jogaram de novo Hulk, Falcao e Rodriguez... Já há saudades do Varela que seria, certamente, opção para este ataque.

Na primeira parte o Apoel apenas criou por uma vez perigo, com Helton a opor-se com grande estilo e eficácia. Ficava o aviso ao qual o Porto respondeu com muitos remates, é certo, mas quase todos eles sem a direcção da baliza. Mas o pior foi mesmo o incrível falhanço de Hulk... isolado!

A segunda parte chega e o futebol estava igual, sem chama e sem correr grandes riscos e a falhar as poucas oportunidades criadas. Desta vez o destaque foi para Falcao que na cara do guarda-redes resolveu acertar nele. Altura em que o Professor decide lançar o "salvador" Farias, retirando o apagado e pesado Rodriguez. Foi já com Tomas Costa em campo, no lugar de Guarin, que chegamos ao golo a 6 minutos do final. Farias desta vez não marcou mas assistiu Falcao, que tirou um adversário da frente e rematou com convicção para o golo merecido e mais do que justificado.

Estava feito! Os oitavos já não fugiam. Um jogo em que a vitória parecia certa e que iria surgir a qualquer momento, não pela qualidade do nosso futebol, mas pelas oportunidades desperdiçadas e pela falta de qualidade do adversário.


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Falcao: voltou a decidir, resolvendo um jogo que há muito já devia estar ganho. Voltou também a falhar um golo certo, acertando no guarda-redes, mas redimiu-se no final colocando justiça no marcador e carimbando a passagem aos oitavos. Saúda-se o regresso aos golos e espera-se que voltem a ser uma constante.

Helton: voltou a ser felino a evitar um golo certo. Tem sido importante nesta Champions, sofrendo apenas um golo (o de Álvaro Pereira não conta), em Londres, onde evitou outros certos...


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Hulk: Apesar de andar trapalhão e deslumbrado com o sucesso, continua a ser o melhor jogador do Porto. Mas um profissional de futebol não pode falhar um golo assim. Eu sim, podia falhar, mas estou em crer que não falhava. No entanto, só falha quem lá está. Isoladíssimo, apenas com o guarda-redes pela frente... é obrigatório marcar, ou pelo menos, ficar lá perto. Mas já é a 3ª ou 4ª vez que consegue embrulhar-se com a bola, dá-la ao guarda-redes e perder um golo óbvio e fácil. Dadas as dificuldades nesse capítulo, será que Jesualdo alguma vez o colocou a treinar lances semelhantes?

Rodriguez: Pode dizer-se que, do que se tem visto esta época, parece ser um jogador banal, daqueles que não custam 7 milhões de euros e não ganham 150 mil/mês! Mas ele custa isso tudo... talvez por isso e pelo que fez no ano passado se exija mais dele. Muito mais!


Agora na Champions ainda há um objectivo, o de vencer o Chelsea para garantir o 1º lugar do grupo. Mas mais importante que isso é concentrar para o campeonato e rapidamente chegar também ao nosso lugar. Para isso é essencial vencer na Madeira.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Uma hora para acordar?

Depois da lição mal estudada para o confronto da jornada anterior com os estudantes, impunha-se apresentar outra cara, outra atitude, outra raça... impunha-se apresentar futebol!
Com o Professor, na véspera do jogo, a chamar gente ao estádio e a dizer que tudo iria mudar, acreditei que assim fosse, mas inexplicavelmente foi pior. O adversário, o Belenenses, era do mesmo calibre que o anterior e esperava-se que jogassem lá atrás fechados como por norma fazem. Assim foi, tudo como se previa excepto a apatia do Porto.

Mais uma primeira parte em que nada se viu. Será injusto dizer que foi tão mau como contra a Académica, não foi mas andou lá perto. Se se pensava que o problema era do meio campo, desta vez já jogou Belluschi, ou melhor, desta vez esteve lá, pois jogar vi pouco. Na frente a opção recaiu e bem em Farias que vinha de bisar e assim também dizer a Falcao que precisa de afinar a pontaria, como também neste jogo voltou a ficar evidente.

Com uma primeira parte má, sem entrosamento, sem grandes oportunidades de golo, tirando uma mal anulada pelo árbitro que Farias aproveitou e marcou mas a passe de um adversário, era preciso alterar a equipa e a atitude ao intervalo. Apenas foi alterada a equipa com a entrada de Falcao, mas a atitude só mudou depois de o Belém marcar! Se já estava mau tudo piorou... mas a equipa lá acreditou e mandou-se para a frente e dez minutos depois, Farias mais uma vez no lugar certo consegue empurrar para a baliza, acabando da melhor forma uma confusão na área. Dai para a frente, a verdade é que só deu Porto, mas só com coração e sem imaginação... estivemos perto do 2-1 com Bruno Alves a acertar na barra e já no final Meireles a errar a baliza por pouco. Mas desta vez não deu, perdemos dois pontos numa jornada que tinha tudo para ser perfeita... A culpa, essa fica em casa. Outra lição a rever pelo Professor.


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Adeptos: não os do assobio, mas os que apoiam do início ao fim. As claques que tudo fizeram para levar a equipa à vitória, mesmo depois de estar a perder.

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Equipa: a estranha apatia e falta de soluções começam a ser preocupantes. Acordar para a vida apenas aos 60 minutos é muito tarde, num jogo que só tem 90! Jogar futebol só com o coração, em busca do prejuízo, por norma não resulta. É preciso entrar com atitude de vencer desde o primeiro minuto.


Perdemos dois pontos num jogo daqueles que dão os títulos, muito mais grave quando na mesma jornada jogavam os dois primeiros e era importante encurtar distâncias. Do mal, o menos, diminuiu-se num ponto a distância para o principal adversário (será?) que desta feita, nem com os mergulhos habituais na grande área, não conseguiu marcar sequer um golo da esperada goleada... Paciência!


Amanha, em Chipre regressa o nosso Campeonato e só a vitória interessa para confirmar o apuramento.