Continua Bruninho...

O presidente do Sporting lamenta que a opção de direito de preferência sobre Ghilas tenha sido apresentada já depois de o avançado ter assinado com o FC Porto. Critica o Moreirense, diz que houve «má-fé» e levanta dúvidas sobre a transferência, consumada por valores superiores à cláusula de rescisão.

«Pude ler esse acordo que dava direito de preferência ao Sporting na compra do Ghilas. Em primeiro, esse acordo estava mal feito e o Sporting precaveu-se mal porque precisava da anuência do jogador. A cláusula de rescisão era de três milhões de euros. Quando chegámos, fomos claros que queríamos falar com o jogador e fazer essa abordagem para exercermos o direito de preferência mas, quando nos chegou o pedido por parte do Moreirense, o jogador já tinha acertado tudo como outro clube. Isto não é direito de preferência, tem outro nome, é má-fé, porque se deixo um jogador negociar com outro clube, não há forma de exercer esse direito.»

«É o futebol português, é por isto que o Sporting se tem batido e as pessoas começam a perceber porque é que temos relações melhores ou piores com certos clubes. Também não por o Moreirense ser um clube grande ou pequeno, porque há grandes clubes que, de facto, são grandes, mas há grandes clubes que não são grande coisa. Mas também há pequenos clubes que têm alma de grande e há outros que nem deviam existir.»

«Não podemos aceitar que venham falar em honra quando fazem um processo nas costas do Sporting, com quem tinham um acordo firmado aquando do empréstimo do Jorge Chula. Se mudaram cláusulas de rescisão ou se havia clubes informados, o Sporting devia ter sido o primeiro a ser infirmado. Já depois de a comunicação social ter anunciado que o Ghilas tinha assinado contrato com o FC porto, foi-nos enviado uma carta do Moreirense a perguntar se queríamos exercer o direito de preferência. Respondemos que sim, mas que nos explicassem como já que o jogador já tinha assinado por outro clube. Responderam de imediato - uma carta que estaria à mão de semear -, que o Ghilas queria ir para o FC Porto e ponto final, e lá foi ele a correr, a saltar todo contente.»

«Isto não é um direito de preferência, foi uma vergonha. Se me perguntarem se o Sporting queria um jogador que não teria interesse em vir, claro que não. Mas não vale a pena fazer acordos que não são para cumprir. Seria também bom verificar-se porque um jogador, que tinha uma cláusula de três milhões, acaba por sair por um valor muito superior.»

Se o Bruminha vier cá parar depois não chores...